Dê o play na trilha de Paraíso Perdido já de cara pra ler o post curtindo uns sons que vão fazer você sentir como se tivesse uma bolacha das boas girando na vitrola.

Talvez ao reconhecer a vibe brego romântica você tenha se lembrado de um certo baile que rolava até há uns anos atrás por bares e casas de shows em todo o país. É, aquele mesmo, o Baile do Baleiro. Não é coincidência não, a direção musical de Paraíso Perdido é do Zeca Baleiro.

A trilha percorre todo o filme de Monique Gardenberg fazendo um paralelo com canções presentes em boa parte desses shows que o Baleiro levou Brasil afora. Já ouviu o próprio Baleiro cantando Impossível Acreditar que Perdi Você? Coisa de louco! Jaloo também mandou bem demais em Paraíso Perdido cantando a canção de Márcio Greyck, música que já rodou o país na voz de muita gente ótima. Barbara Eugênia que o diga.

Eu sei que saí um pouco do script aqui. A Barbara não está em Paraíso Perdido (bem que podia), mas essa versão juntamente com Por que Brigamos? me deixa até sem graça de não falar dela (e que banda essa hein!).

Assim como a música do Greyck, algumas faixas da trilha ganharam versões inesquecíveis na voz de outros artistas. Talvez por uma questão de direitos autorais seja um pouco mais difícil que essas versões ganhem espaço no streaming. Mais um motivo pra você ir já atrás de Paraíso Perdido.

O sentido que às vezes atribuímos ao “brega” pouco tem a ver com o estilo musical que tem canções icônicas lançadas principalmente nas décadas de 60, 70, 80 e 90. Além da Barbara Eugenia – que eu já citei aqui – vemos e ouvimos uma influência do estilo no som de vários artistas brasileiros, principalmente de uma turma que começou a se destacar mais nos últimos 10 anos. Falo aqui de Otto, Céu, Fernando Catatau e seu Cidadão Instigado, além de Jaloo, de Pabllo Vittar, Johnny Hooker, Felipe Cordeiro, Letrux, Garotas Suecas e mais, bem mais que isso. E essa turma assume a influência e inclusive idolatra seus ídolos do brega.

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Que mulet hein!?

E ídolo é o que não falta em Paraíso Perdido. Parece nome de novela não é mesmo? E bem que poderia ser. E das boas. Quem dera virasse mesmo novela. Ou série. Vamos sonhar. Além do Márcio Greyck e de Paulo Sérgio – que ganhou uma versão de Não Creio em Mais Nada na voz de Vítor Araújo (que sotaque!)  – ainda tem Odair José, Roberto Carlos, Reginaldo Rossi, Belchior, Angela Maria, nossa! Só lendas.

Agora aproveita que você já tá curtindo e vai até o fim nessa trilha que já é de longe uma das melhores que ouvi esse ano. Tem algum som desses que você já conhecia/ curtia? Diz aí!