Quem nunca se pegou cantando ainda que mentalmente um “it must have been love, but it’s over noooow” que atire a primeira pedra. Não importa o que você gosta: animação, filmes de herói, terror, aqueles clássicos cult que só você conhece… Alguns filmes e, consequentemente, algumas músicas não tem como escapar. Pode ter sido em uma sessão da tarde da vida, por curiosidade ou um dia de tédio assistindo Netflix, dificilmente tem como passar ileso por filmes românticos (principalmente aqueles dos anos 80/90) e suas inconfundíveis trilhas sonoras. Ao menos eu não passei – e, sinceramente? Nem tentei.

Por isso, para não guardar tais tesouros da sétima arte dentro do meu turu turu somente, resolvi celebrar o dia dxs namoradxs desse ano fazendo aquela playlist que não tem como ignorar. Com vocês, a razão das minhas cenas de embaraço público, as canções clichês de filmes românticos que todo mundo conhece e ninguém esquece!

Quando pensei em algo especial para essa data, até cogitei trazer algumas dicas de obras pouco conhecidas ou até “desprezadas”, porém, vamos admitir que a graça está mesmo naquelas que fazem você sentir uma vergonhazinha alheia, mas que no fundo dá vontade de fazer a Aretha e sair cantando. Falando nela, não tem como pensar em romances e em músicas ligadas a eles sem lembrar justamente de um ícone eternizado pela diva: I say little prayer, que não apenas faz parte da trilha de O casamento do meu melhor amigo, como é uma das cenas mais icônicas do longa.

Falando em cenas icônicas com músicas que ultrapassaram a tela e se tornaram atemporais, não tem como ignorar as vozes poderosas de Bill Medley e Jennifer Warnes embalando Patrick Swayze (<3) e Jennifer Grey no número final de Dirty dancing. Para ser sincera, o longa em si tem uma trilha puro amor que conta, inclusive, com canções do próprio Swayze, como é o caso de She’s like the Wind. Até cogitei trazer outras para a playlist, mas por mais bonitas que fossem não tinha como substituir o hino que é Time of my life.

Claro que não dá para falar de trilha de filmes românticos sem passar por uma sofrência ou outra, afinal, como diria Marília Mendonça, todo mundo vai sofrer. Por isso, os clássicos da tristeza pré-reconciliação que faz parte de todo bom romance que se preze não tinham como passar batido. Entre as escolhidas estão um dos maiores sucessos de Roxette, It must have been love (que, apesar de tocar em outros filmes, para nós é propriedade de Uma linda mulher e não se fala mais a respeito), ou a de quebrar o coração e pisar em cima I will Always love you – que originalmente foi cantada por Dolly Parton em 1982 no longa A Melhor Casa Suspeita do Texas, mas ganhou o mundo após Whitney Houston cantar uma versão repaginada dela em O guarda-costas.

Poucas músicas causam mais dor no coração do que Unchained melody, mais conhecida como “a música de Ghost“, do casal interrompido Demi Moore e Patrick Swayze (olha ele aí de novo <3). Porém, se eu tivesse que coroar o sofrimento, eu com certeza teria que eleger Come what may, de Moulin Rouge. Tem música mais “vou despedaçar a sua alma” que essa? E ainda mais com Nicole Kidman e Ewan McGregor cantando (sem falar a beleza que esse musical é por si só e os mashup maravilhosos que ele tem).

Porém, como eu não quero ninguém saindo daqui às lágrimas, também separei músicas felizes. Como a gente gosta de romance com safadeza, inseri até aquelas sensuais (que chegam a beirar ao constrangimento) para a alegria geral. Afinal, nem só de fossa se vive, certo? Pode ser que não dê lá muito certo e os pares não fiquem juntos no final, mas pelo menos teve diversão e fogo no parquinho antes de acabar.

Ao menos é o que eu penso quando ouço o clássico do strip-tease You can leave your hat on, do Joe Cocker, que ficou eternizado na trilha do Cinquenta tons de cinza dos anos 1980, Nove semanas e meia de amor. Apesar do roteiro meio fraquinho, não dá pra negar que a cena protagonizada por Kim Basinger e Mickey Rourke é maravilhosa – até porque, Adrian Lyne, diretor de Proposta Indecente, Atração Fatal e o Lolita de 1997 (que eu prefiro, desculpa Kubrickfãs), é quem dirige o longa.

Claro que quando a gente fala de trilhas de filmes românticos, música é o que não falta. Cada nicho tem suas queridinhas e levaria bem mais do que uma coluna para abordar a maior parte delas – quem sabe, porém, eu não volto com mais uma rodada daqui a algum tempo? – e realmente dar o espaço que cada uma merece. No entanto, em uma mistura de nostalgia e humor, tentei selecionar aquelas que fazem parte da memória afetiva de muita gente (e muitas gerações) e que, apesar de não serem necessariamente da minha época, fazem parte da minha própria trajetória.

Confira a nossa playlist completa!

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