Por Verônica Petrelli.

A quinta obra potteriana de J.K. Rowling traz uma trama repleta de conflitos políticos, hipocrisia das autoridades públicas e dos veículos de comunicação, descrença da sociedade bruxa e revelações de passados antes não vistos. Em Harry Potter e a Ordem da Fênix, somos confrontados com um Ministério da Magia que faz vistas grossas para a realidade; com pessoas que não acreditam que Harry tenha assistido ao ressurgimento de Voldemort; com uma imprensa corrupta e vendida; com a negra e maligna árvore genealógica de Sirius Black. Sociedades secretas se organizam, como guerrilhas em tempo de confronto, para tentar combater o mal que muitos não querem enxergar.

Foi com base nesse cenário sombrio e conflituoso que a equipe de produção de Harry Potter e a Ordem da Fênix decidiu chamar David Yates para dirigir o quinto longa. Ele era um diretor desconhecido à época, sem grandes prêmios e sem uma carreira ilustre no cinema. Já havia atuado em algumas séries televisivas, mas o último filme que dirigiu havia sido rodado há oito anos. No entanto, por sua experiência em narrativas com conflitos políticos (ele dirigiu a série de TV Intrigas de Estado, que depois foi adaptada para o cinema com Russell Crowe e Ben Affleck), ele foi requisitado para o posto. Outra mudança brusca no quinto filme da saga diz respeito ao roteiro. A Ordem da Fênix foi a única adaptação que não teve Steve Kloves como roteirista, que decidiu se afastar do trabalho por questões pessoais. No lugar dele, Michael Goldenberg (que atuou, posteriormente, em Lanterna Verde) assumiu a função.

A escolha de David Yates como diretor e de Michael Goldenberg como roteirista trouxe uma perda considerável para a quinta adaptação da saga. Apesar da riqueza nos detalhes e da solidez da história construída pela dupla, são encontrados muitos buracos no roteiro. Além das falhas e ausências de explicação em alguns momentos do filme, cenas eletrizantes que compõem o clímax da história foram simplesmente cortadas. Mas apesar dos pesares, a vinda de David Yates sem dúvida trouxe um amadurecimento muito grande para a franquia.

A Ordem da Fênix se inicia com o encontro entre Harry, Duda e os dementadores em Little Whinging. Por mais que a cena seja bastante dinâmica e eletrizante, com o artifício da câmera sendo utilizada em diversos ângulos durante a “batalha”, os dementadores gerados por efeitos de computação são totalmente diferentes às criaturas que encontramos no terceiro filme da série. Isso trouxe uma certa perda de identidade para a história. Além disso, é nesse momento que evidenciamos um exemplo de incoerência no roteiro: a Sra. Figg, personagem recorrente nos livros mas que nunca havia sido apresentada nos filmes, simplesmente aparece após o ataque dos dementadores e despeja várias informações, sem o espectador nem conhece-la. Uma situação semelhante acontece no momento em que os membros da Ordem da Fênix resgatam Harry Potter na Rua dos Alfeneiros. Em nenhuma ocasião somos apresentados a Ninfadora Tonks, a metamorfomaga que muda seus cabelos de cor, ou a Quim Shacklebolt, o auror que tem a função de duplo agente, trabalhando para o Ministério da Magia e para a Ordem ao mesmo tempo. O espectador fica sem compreender a real contextualização de cada personagem. Isso sem contar a viagem com vassouras feita pela guarda avançada por cima do Rio Tâmisa, aos olhos de todos os trouxas moradores de Londres.

Após o resgate de Harry, todos se dirigem ao Largo Grimmauld, nº 12. Para as filmagens desse cenário, foi cogitada inicialmente uma praça em Camden Town. Porém, o custo da locação à noite e a falta de flexibilidade de horários tornaram essa ideia inviável. Assim, a equipe decidiu construir o exterior da casa de Sirius Black em estúdio. Esse cenário é um dos mais perfeitos e mais fieis à obra literária de J.K. Rowling, resgatando a essência dos bruxos das trevas sangue-puros que lá viviam antes de Sirius, além de realizar uma espetacular reconstrução do estilo georgiano típico do século XVIII. Por ser uma casa “espremida” em meio a duas outras residências, tudo no seu interior é um pouco estreito e alongado. Os cômodos com pé alto têm janelas longas e delgadas que são espelhadas, de forma que não dão vista para fora. Os ambientes são mobiliados com camas e guarda-roupas mais compridos que o normal, para combinar com o visual longo e esguio da casa. Muitos móveis antigos foram comprados em um leilão, todos feitos com mogno marrom. Depois, a equipe de adereços pintou todos esses objetos de cena de preto ébano, para dar uma aparência bem assustadora. Os guarda-louças de quatro metros de altura foram lotados de pratarias e utensílios de porcelana, aos quais o brasão da família Black foi adicionado depois. O cenário ficou tão verossímil que alguns detalhes até serviram de inspiração para J.K. Rowling descrever o Largo Grimmauld, nº 12, no livro As Relíquias da Morte, que ainda não havia sido escrito.

A tapeçaria dos Black foi uma criação fabulosa da artista conceitual de adereços Miraphora Mina. Ela consultou muitos exemplos de tapeçarias antigas e encontrou rostos medievais que, com chapéus e barbas, poderiam se transformar em semblantes de bruxos. Ela utilizou tudo isso de maneira criativa em uma árvore genealógica literalmente em formato de árvore, com galhos e ramificações. Para conceber essa peça e compreender a linhagem de Sirius Black, o produtor David Heyman recorreu a J.K. Rowling. Em resposta, a autora enviou rapidamente por fax um organograma com todos os membros da família Black, com datas de nascimento e falecimento, quantidade de filhos por casal, pessoas que foram banidas da linhagem etc. Isso mostra que ela sempre pensou em detalhes para além do escrito nos livros.

É uma pena que o tataravô de Sirius, Fineus Nigellus, não tenha aparecido nos filmes com seu icônico retrato na parede da casa dos Black. Nos livros, além de ser um personagem bastante cômico, ele é utilizado de maneira muito inteligente por Hermione Granger para descobertas de segredos em Hogwarts. Outro que quase foi cortado pelo roteirista Michael Goldenberg foi o velho elfo doméstico Monstro. Porém, ao ler o roteiro, J.K. Rowling avisou que a permanência de Monstro na adaptação seria de extrema importância para a história (em As Relíquias da Morte ele volta a aparecer); então, sua figura foi mantida.

Outro set que realmente superou as expectativas de todos os fãs potterianos foi o Ministério da Magia. O átrio da sede do governo bruxo é um dos maiores cenários da saga, com 60 metros de comprimento, 36 de largura e 9 de altura. Como ele é subterrâneo, o designer de produção Stuart Craig decidiu colocá-lo sob a Whitehall, uma rua no centro de Londres onde estão situados os escritórios do Ministério da Defesa do governo britânico. Para o seu interior, Craig se inspirou na arquitetura usada no metrô londrino. Ao pedir para ver partes desativadas da rede metropolitana (algumas datadas do começo do século XX), a equipe de filmagem encontrou exemplos arquitetônicos fantásticos de entradas imponentes com colunas e cornijas clássicas, todas produzidas com tijolos de cerâmica, que são ótimos para construções subterrâneas por serem impermeáveis. Tendo as linhas de metrô antigas como parâmetro, o cenário começou a ser montado, criando-se um mundo com paredes e pisos feitos inteiramente com cerâmica vermelha, verde e preta. Mais de 30 mil azulejos brilhantes foram feitos para o átrio. Somaram-se a isso as enormes lareiras enfeitadas com folhas de bronze, para que os bruxos chegassem até o Ministério via Rede de Flu, e a gigantesca imagem de Cornélio Fudge exibida em uma faixa ao estilo ditatorial russo de Stálin.

Após passar pela audiência no Ministério da Magia, Harry se dirige à Plataforma 9 ¾ para embarcar, junto com seus amigos, no Expresso de Hogwarts. Ao chegar à escola de magia e bruxaria, o jovem bruxo se depara com criaturas mágicas que nunca havia visto antes: os testrálios. A adaptação desses animais para a tela ficou extremamente fidedigna ao livro. Desde o início, David Yates desejava que os testrálios tivessem um ar de realeza. Como a criatura não fala, isso deveria ser passado pelos movimentos. Afinal, o jeito como os cavalos trotam é um indicador de como a personalidade pode ser transmitida pela estatura, postura e pose. O design inicial concebido pelo artista conceitual Rob Bliss retratava uma criatura estranha e assustadora, mas ao mesmo tempo nobre e elegante. Esculturas produzidas em tamanho real a partir do desenho de Bliss serviram como referência para a equipe de animação digital. Os modeladores tomaram muito cuidado para capturar as sutilezas de coloração nas texturas da pele do testrálio (como a translucidez das asas), para não perde-las sob a pele totalmente preta dos animais.

Em frente às carruagens de Hogwarts, somos apresentados não somente aos testrálios, mas também a Luna Lovegood, uma das personagens mais cativantes da série, que é vivida brilhantemente nas telas por Evanna Lynch. Inicialmente, para interpretar a avoada aluna da Corvinal, três atrizes profissionais foram cotadas. Porém, os produtores logo perceberam que essas atrizes interpretariam a Luna, mas não seriam a verdadeira Luna de fato. Sendo assim, decidiram realizar uma chamada aberta para o papel e divulgar anúncios em jornais e rádios. A equipe estava esperando cerca de 2 mil garotas nas audiências, mas quase 15 mil apareceram, muitas das quais já em seus 40 anos de idade. Contudo, Evanna sempre se destacou das demais candidatas. Assim que seu teste de vídeo foi analisado, ficou claro que deveria ganhar o papel, pois ela não precisava interpretar: ela era Luna o tempo todo. Emma Watson até brinca sobre o assunto, dizendo que não há diferença entre a câmera ligada e desligada. Evanna sempre foi fissurada pela saga potteriana e, dentre todos os livros, uma de suas figuras preferidas era Luna Lovegood. Ela conhecia tão bem os detalhes de sua personagem que até elaborou adereços junto à chefe de figurino, como os brincos de rabanete e os colares excêntricos que a aluna da Corvinal usa ao longo da história.

Logo depois, Harry e seus amigos têm sua primeira aula de Defesa Contra as Artes das Trevas do ano, desta vez com uma professora considerada carne de pescoço: Dolores Umbridge, sub-secretária-sênior do Ministro da Magia. Até a sala de aula acabou refletindo o temperamento e perfil acadêmico da personagem: como a professora não ensina absolutamente nada sobre feitiços práticos para a sua classe, a sala apresenta uma austeridade muito grande, sem nenhum objeto de cena ou decoração. A atriz Imelda Staunton interpretou esse papel brilhantemente, resgatando todas as sutilezas de Umbridge: sua voz doce e ao mesmo tempo ameaçadora, além das pigarreadas para chamar a atenção. Apesar da Dolores Umbridge dos livros não ser descrita como uma aficionada pela cor rosa, essa foi uma preocupação da figurinista Jany Temime. Ela passou meses procurando diferentes tecidos com tons de rosa para as roupas da personagem. Além disso, a tonalidade rósea das peças e da maquiagem de Umbridge ia escurecendo ao longo do filme, à medida que o público descobria o quão megera e perversa a professora é. Para a sua sala, a equipe de cenografia incluiu a coleção kitsch de pratos decorativos descrita nos livros, exibindo gatos miando na parede. Para criar as imagens em movimento dos gatinhos, 40 felinos foram levados para o estúdio e filmados durante dois dias inteiros, em meio a objetos como cestas, aquários, bolas de cristal, miniaturas de chapéu de bruxa, novelos de lã etc. Os cenógrafos criaram 100 retratos, em um processo que envolveu não só a filmagem como também a fotografia dos animais.

Depois da repreensão que os alunos sofrem por parte de Dolores Umbridge, Hermione consegue persuadir Harry a criar a Armada de Dumbledore, organização estudantil secreta para treinamento de feitiços e encantamentos. A descoberta da Sala Precisa, sede da Armada, acontece quando Neville Longbottom estava passando em frente a uma parede lisa e pensando em um lugar para a instalação da organização secreta. É triste pensarmos que mais uma vez Dobby é cortado das adaptações cinematográficas, visto que é ele quem descobre as virtudes da Sala Precisa (no filme anterior ele é o responsável por entregar o guelricho ao Harry, função que também foi passada a Neville). É lá que acontece o esperado beijo entre Potter e Cho Chang, um beijo meio chocho que deixou a desejar àqueles que ansiavam por mais envolvimento, mas compreensível se levarmos em consideração que é o primeiro beijo da vida de Harry. No longa, Cho Chang é tida como traidora por delatar a organização secreta para Umbridge e sua Brigada Inquisitorial. Porém, nos livros, sua amiga Marieta Edgecombe é a verdadeira detratora. Ela pagou um preço alto por isso: o feitiço lançado por Hermione no pergaminho da Armada de Dumbledore gerou furúnculos horríveis no rosto de Marieta, formando a palavra “dedo duro”.

É em A Ordem da Fênix que descobrimos a ligação existente entre Harry e Voldemort. Após o pesadelo que o jovem bruxo tem com o Sr. Weasley sendo atacado por Nagini, Dumbledore decide que Potter deveria cursar aulas de Oclumência com Severo Snape, com o intuito de bloquear a mente. É nesse momento que descobrimos, em uma das lembranças de Snape, o quão humilhado e maltratado o professor de Poções era em sua época de colégio com Thiago Potter, pai de Harry. É uma lástima que essa cena tenha sido explorada de maneira tão rápida e jogada na adaptação, já que na obra de J.K. Rowling ela é bastante elaborada e significante, explicando muito sobre o temperamento de Snape.

É também nesse filme que somos apresentados a uma das personagens mais icônicas e queridas de toda a saga: a vilã Belatriz Lestrange. Interpretada com maestria por ninguém menos que Helena Bonham Carter, a Comensal da Morte tornou-se uma personagem de destaque nas telas, roubando a cena. A atriz contribuiu muito para criar o visual de Belatriz, dando ideias de maquiagem, adereços e figurino. Ao mesmo tempo em que Helena sugeriu dentes podres e unhas sujas para a vilã, ela também fez questão de embutir no figurino peças mais femininas, como o espartilho preto usado nos filmes.

Hagrid também aparece em A Ordem da Fênix. Depois de voltar de suas aventuras com os gigantes, ele apresenta ao trio principal o seu meio-irmão, Grope. Curiosamente, essa foi a primeira sequência de cenas a ser filmada. Como não seria possível filmar em estúdio um personagem de 5 metros de altura, a equipe esculpiu uma cabeça para Grope em tamanho real que foi utilizada para os jovens terem algo com o que interagir durante a performance. O ator Tony Maudsley foi chamado para criar todos os movimentos do gigante, que serviriam de base para a computação gráfica. A equipe de efeitos visuais usou técnicas sofisticadas de captura de movimentos faciais e corpo para reproduzir a atuação de Maudsley.

Ao final do filme, os gêmeos Weasley decidem se rebelar e fogem da escola, mas não sem antes pregar uma peça na professora Dolores Umbridge, tendo como pano de fundo uma das músicas mais empolgantes já compostas para a saga (dessa vez, a trilha sonora ficou por conta de Nicholas Hooper). É nesse momento que Harry tem a visão de Sirius sendo torturado por Voldemort na Sala dos Mistérios e, assim, decide juntar a Armada de Dumbledore para salvar o seu padrinho. Essa cena crucial no Ministério da Magia, no Departamento dos Mistérios, deixou muito a desejar na adaptação cinematográfica. Na obra original, Potter e seus amigos passam por uma grande sala circular giratória com 12 portas que se abrem para caminhos desconhecidos e incertos, sendo inúmeras as possibilidades de erro: uma sala só com vira-tempos, outra sala com cérebros gigantes, o tribunal da Suprema Corte dos Bruxos… Tudo é muito mais emocionante no livro em comparação à batalha ensossa do filme.

Finalmente, os jovens heróis chegam à Sala das Profecias, o primeiro cenário da saga potteriana gerado inteiramente por computador. No início, a ideia era construir o espaço. Alguns experimentos foram feitos com bolas de vidro reais, mas 15 mil teriam que ser fabricadas e colocadas nas imensas prateleiras de vidro. Após alguns testes, a equipe percebeu que ao derrubar as prateleiras, seriam necessárias várias semanas para repor todo o estoque de bolas. Sendo assim, optou-se pela computação gráfica e efeitos especiais. Já para a batalha entre os integrantes da Ordem da Fênix e os Comensais da Morte, os atores tiveram a ajuda de um coreógrafo de luta e outro de dança para a criação de todos os movimentos exclusivos gerados no confronto com varinhas.

Após toda a batalha, Sirius Black infelizmente morre e desaparece em meio ao arco do véu. Essa também foi uma cena que não agradou muito aos fãs, pois a morte desse personagem tão importante aconteceu de maneira extremamente rápida e impessoal, quase sem emoção. A retrospectiva feita com Hermione e Rony quando Voldemort possui o corpo de Harry é muito mais emocionante e tocante do que a partida de Sirius.

Contudo, apesar dos detalhes que não passaram pelo crivo dos potterianos mais fanáticos, não se pode reclamar da batalha entre Dumbledore e Voldemort no Ministério da Magia. Para trazer um tom mais real e humano ao embate, os realizadores se basearam nos elementos naturais, como fogo (serpente conjurada por Voldemort), água (bola gerada por Dumbledore) e terra (cacos de vidro das janelas do átrio que se transformam em areia). Até a ausência de trilha sonora nesse momento foi uma ideia bem pensada, trazendo mais verossimilhança à luta. Para essa cena, novos softwares foram desenvolvidos para dar aos elementos fogo e água uma aparência mais realista, além de jatos de energia de plasma que derramavam lava derretida. Além disso, para manter Ralph Fiennes no ar em meio à bola de água, o supervisor de efeitos especiais John Richardson modificou um equipamento usado para suspender vassouras. Ele também foi encarregado de quebrar as 250 janelas do átrio para que Voldemort as destruísse e lançasse os cacos contra Dumbledore. Isso deveria funcionar na primeira tomada. Depois, o set teve que ser limpo imediatamente para que pudesse ser reconstruído e redecorado. Como muitas vezes acontece no cronograma de um filme, a destruição havia sido filmada antes, seguida pela parte de abertura em que o átrio ainda estava intacto.

Em um balanço final, pode-se concluir que Harry Potter e a Ordem da Fênix é um filme atraente e importante. É claro que há cenas interessantes que os fãs ansiariam por ver adaptadas nas telas, como o encontro com Gilderoy Lockhart no Hospital St. Mungus para Doenças e Acidentes Mágicos, além do suborno que Hermione faz com a “besoura” Rita Skeeter para ter a história de Harry Potter escrita na revista O Pasquim, dos Lovegood. A própria trama da profecia fica incompleta, já que não é explicado que Neville Longbottom também poderia ser o Eleito, pois nasceu quase na mesma época que Harry. Entretanto, mesmo sendo polêmico, David Yates acertou a mão em vários pontos. Afinal, não foi a toa que A Ordem da Fênix trouxe a segunda maior bilheteria da saga até aquele momento, atrás apenas de A Pedra Filosofal. O diretor tinha vindo para ficar. E realmente ficou.

Harry Potter e a Ordem da Fênix foi lançado nos cinemas em julho de 2007. Recebeu indicações ao BAFTA Awards nas categorias Desenho de Produção e Efeitos Visuais.