O Cinemascope, em parceria com o Mulher no Cinema, realiza a partir de julho um ciclo de exibições e debates com foco no cinema feito por diretoras latino-americanas.

Tendo como base filmes de diferentes gêneros e países, as jornalistas Joyce Pais e Luísa Pécora abordarão produções variadas e analisarão, entre outros pontos, o lugar da mulher nas diferentes sociedades da América Latina.

Os encontros são gratuitos e acontecem sempre aos sábados, no anexo da Casa Guilherme de Almeida (Rua Cardoso de Almeida, 1943, Pacaembu – SP). A exibição dos filmes começa às 14h e logo após acontece um debate. As inscrições podem ser feitas aqui.

Diretoras Latino-Americanas na tela

A primeira sessão acontece no dia 20 de julho. Na ocasião, será exibido o filme Jovem Aloucada (2012), primeiro longa da diretora chilena Marialy Rivas. A trama acompanha a vida de Daniela, uma adolescente de família evangélica que não consegue refrear seus impulsos sexuais e recorre à internet para dividir suas experiências.

No dia 17 de agosto, o filme da vez será o brasileiro Que Bom Te Ver Viva  (1989), da diretora Lúcia Murat. O docudrama traz à tona depoimentos de mulheres que foram vítimas de violações físicas e psicológicas durante a ditadura militar.

Já em 28 de setembro, será exibido o longa venezuelano Pelo Malo (2013), de Mariana Rondón. O título é focado na história de Junior, um garoto que sonha em alisar o cabelo para se tornar um cantor de sucesso e sair bonito na foto do colégio. Contudo, o resultado mais imediato é uma pequena revolução dentro do ambiente familiar.

Em 26 de outubro  é a vez de visitar O Pântano (2001), filme da argentina Lucrécia Martel. O longa-metragem colocou a diretora no mapa do cinema mundial e é ambientado em sua cidade natal, Salta. A trama mostra o cotidiano de duas mulheres e suas famílias durante as férias de verão. O resultado é um belo e impactante retrato da decadência da classe média argentina.

No mês de novembro Joyce e Luísa debaterão De Certa Maneira (1974) da cubana Sara Gómez. Único longa da diretora, que morreu precocemente, a obra questiona os rumos da sociedade cubana pós-revolução a partir da vida em um conjunto habitacional no bairro de Miraflores, em Havana. O relacionamento de uma professora, Yolanda, com um operário, Mario, serve de metáfora para as contradições da ilha e propõe uma interessante discussão sobre a situação da mulher no país.

Encerrando a primeira temporada do ciclo, em dezembro será exibido A Teta Assustada (2009). O longa da peruana Claudia Lhosa foi o primeiro a ganhar o Urso de Ouro e a ser indicado ao Oscar de Melhor Filme Internacional no Oscar. A narrativa mostra a ação do grupo Sendero Luminoso nos anos 1980 e os traumas que acompanham as vítimas de abuso sexual. O título do filme diz respeito ao medo crônico que, segundo a crença local, é transmitido pela amamentação por mulheres estupradas durante a gravidez ou pouco depois do parto.

Faça sua inscrição e participe com a gente desse ciclo de aprendizado sobre diretoras latino-americanas!

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