Da redação 

Marlene Dietrich foi uma figura transgressora. Nos anos 1920 e 1930, ela gostava de usar terno, atitude considerada revolucionária para a época. No filme Marrocos, ela canta numa boate; após a música, ela leva uma rosa para uma mulher no público e lhe dá um beijo na boca, uma cena que fez escândalo em Hollywood. Sua atitude liberal, a atuação firme contra o nazismo e o racismo e a sua emancipação feminina se refletem em sua filmografia e em sua atuação.

Cinemascope - Marlene Dietrich1A mostra MARLENE DIETRICH, no Centro Cultural Banco do Brasil, reúne 25 filmes com a diva do cinema. Entre eles os sete filmes da parceria dela com Josef von Sternberg, apresentados em película. E ainda dois documentários sobre a atriz: um realizado em 1984 por Maximilian Schell onde ela, já reclusa no seu apartamento em Paris, não permite ser filmada, e o outro realizado por seu neto David Riva já após a morte dela.

Marlene ganhou fama internacional com o clássico alemão O Anjo Azul (1930). O filme marcou o início de uma série de trabalhos realizados com o cineasta Josef Von Sternberg e que se tornaram imortais pela qualidade cinematográfica e busca estética. Marlene representou mulheres de reputação duvidosa, as vamps daquela época. A dupla artística realizou ao todo sete filmes, todos grandes clássicos do cinema: Mulher satânica, A imperatriz galante, A Vênus loira, O expresso de Shangai, Desonrada, e Marrocos pelo qual foi indicada ao Oscar.

Depois do término da colaboração com Von Sternberg, Marlene continuou trabalhando com os grandes diretores daquela época e realizou filmes com Ernst Lubitsch, Orson Welles, Billy Wilder, Alfred Hitchcock, Fritz Lang, entre outros. Nascida em Berlim em 1901, Marlene estudou Artes Cênicas e participou de vários filmes mudos até ser descoberta por Sternberg, que a levou para os EUA, onde ela trabalhou nas décadas seguintes para os grandes estúdios de Hollywood.

Na década de 1930, a estrela foi convidada por Josef Goebbels para protagonizar filmes pró-nazistas, mas recusou o convite e se tornou cidadã americana. Durante a Segunda Guerra Mundial, ela apoiou o Exército americano e cantou na Europa para as tropas aliadas, para divertir os soldados em guerra. Depois da guerra, ela começou a cantar em grandes shows em Las Vegas e iniciou uma segunda carreira como cantora. Marlene morreu em 1992 em Paris, onde passou os últimos anos da sua vida em reclusão total em seu apartamento.

A mostra inclui ainda a publicação de um minicatálogo com texto original de Pedro Maciel Guimarães sobre a parceria Marlene-Sternberg. A mostra chega ao CCBB Brasília e será apresentada de 1º a 20 de outubro, em breve postaremos novidades.

Serviço:

Mostra MARLENE DIETRICH

Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo – Cinema (70 lugares)

Rua Álvares Penteado 112, Centro – São Paulo

Telefone: (11) 3113.3651

Funcionamento: quarta a segunda, das 9h às 21h

Ingressos: R$ 4 (inteira) e R$ 2 (meia)

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