Entre 19 de outubro e 01 de novembro de 2017 acontece na cidade de São Paulo a 41ª Mostra Internacional de Cinema, que contará com a exibição de 394 filmes das mais variadas temáticas, narrativas e estéticas oriundos de 59 países. Os títulos serão apresentados em mais de 30 espaços pela capital paulista, dentre eles cinemas, centros culturais e museus. Haverá, ainda, exibições gratuitas e ao ar livre e, pela primeira vez, a Mostra contará com a apresentação de filmes em realidade virtual.

A cineasta belga Agnès Varda – responsável por filmes como Faces Places (2017), O universo de Jacques Demy (1995), Jane B. por Agnès V. (1987), Os renegados (1985), Uma canta, a outra não (1977), As duas faces da felicidade (1965), Cléo das 5 às 7 (1962) e La pointe courte (1954) – será homenageada com o Prêmio Humanidade e o diretor Paul Vecchiali com o Prêmio Leon Cakoff.

Esta edição terá o Foco Suíça, com a exibição de longas-metragens contemporâneos, de curtas-metragens de Georges Schwizgebel e das produções de Alain Tanner, responsável por filmes como Na Cidade Branca (1982), Amantes no meio do mundo (1974), Jonas que terá vinte e cinco anos no ano 2000 (1976), Messidor (1978) e A Salamandra (1971).

A Mostra é uma chance imperdível para conferir 13 filmes indicados por seus países para concorrerem à vaga do Oscar® de melhor filme estrangeiro de 2018: Zama (Argentina, de Lucrecia Martel), Happy end (Áustria, de Michael Haneke), O motorista de táxi (Coréia do Sul, de Jang Hoon),  Scary mother (Geórgia, de Ana Urushadze), Respiro (Irã, de Narges Abyar), Canção de granito (Irlanda, de Pat Collins), A sombra da árvore (Islândia, de Hafsteinn Gunnar Sigurðsson), Mil cordas (Nova Zelândia, de Tusi Tamasese), Mãe no gelo (República Tcheca, de Bohdan Sláma), Loveless (Rússia, de Andrey Zvyagintsev), The square (Suécia, de Ruben Östlund), Mulheres divinas (Suíça, de Petra Volpe) e  El Inca (Venezuela, de Ignacio Castillo Cottin).

A arte do cartaz da 41ª Mostra – assinada pelo artista chinês Ai Weiwei, conhecido por atuar na defesa aos direitos humanos e por debater a situação dos refugiados – traz à cena uma obra em mármore branco – pertencente ao Israel Museum – com duas mãos se unindo. A intenção do artista foi demonstrar que o futuro da humanidade se dará na força da conexão entre os indivíduos. Tal perspectiva é recorrente em suas obras, como, por exemplo, o filme Human Flow – Não Existe Lar Se Não Há Para Onde Ir, título que abrirá o evento. A mostra também apresentará filmes selecionados nas seções da Competição Novos Diretores – expondo produções de diretores novatos – e Perspectiva Internacional – o qual exibirá títulos recém-premiados e obras de diretores consagrados. O Prêmio Petrobras de Cinema contemplará dois filmes brasileiros exibidos no evento com o intuito de ajudar na distribuição destes no circuito comercial.

A cerimônia de encerramento da 41ª Mostra será no dia 01 de novembro e terá a exibição de A Trama, de Laurent Cantet, na sequência da premiação do evento. Dois dias depois, haverá a projeção em ar livre na área externa do Auditório Ibirapuera – Oscar Niemeyer com a exibição da cópia restaurada de O Homem Mosca, de Fred C. Newmeyer e Sam Taylor, acompanhada da Orquestra Jazz Sinfônica.

O Cinemascope, mais uma vez, vai cobrir a Mostra e trazer durante os próximos dias críticas e entrevistas especiais, fiquem ligados 😉