Comecei a prestar atenção em Rooney Mara quando ela encarnou a namorada do criador do Facebook, Erica Albright, em A Rede Social (2010). Depois, na sua seguinte participação em uma produção de David Fincher – Millennium: Os Homens que Não Amavam as Mulheres (2011) –  ela deu vida a hacker rebelde, Lisbeth Salander. Ai não teve mais escapatória. Sempre ficava atento quando ela surgia, mesmo que em algumas pontinhas como a de Ela (2013), de Spike Jonze. Moça bonita e talentosa.

Agora, a atriz encara uma “aventura” um pouco diferente das anteriores. Em Maria Madalena (2018), interpreta uma das personagens mais polêmicas das histórias bíblicas. A prostituta que se redimiu e que, supostamente, teria um relacionamento com Jesus Cristo. Quem interpreta o salvador católico é Joaquin Phoenix, que me deixou bem surpreso por estar nesse papel.

Pelo trailer e elenco escolhido para interpretar tais personagens clássicos, fiquei interessado. Me pareceu uma obra que pretende trazer um ponto de vista diferente. Espero um filme que tire da mira o Jesus “milagreiro”, “dotado de dons”, para focar na sua palavra, no que ele queria dizer de fato. Acho que a escolha de Madalena como protagonista já é um grande indício. O foco sai do santo para a pecadora e sua busca por redenção.

Um filme necessário (se conseguir acertar nesses pontos), pois muitas pessoas esquecem dos mandamentos bíblicos que diziam amar o próximo, ter compaixão e que Jesus não veio para os bons, mas para os pecadores. Em 2017, ainda temos muitos (não todos) que andam por ai com a bíblia debaixo de um braço e o outro usa uma pedra para acertar outras tantas Marias Madalenas desse nosso mundo.