Clássico que é clássico merece homenagem. Considerado por muitos o melhor filme sul-coreano já feito, Bala Sem Rumo, de Yoo Hyun-mok, completa 60 anos em 2021 e é o foco do festival Volta ao Mundo: Coreia do Sul. Organizado pelo Petra Belas Artes À La Carte em parceria com o Centro Cultural Coreano no Brasil, o festival ainda reúne outros seis longas produzidos em diferentes décadas no país. Títulos como Canola, de Yoon Hong-seung, e A Empregada, de Im Sang-soo, fazem parte da programação.

Além de Bala Sem Rumo, os espectadores poderão assistir O Caminho para Sampo, de Lee Man-hee, Amora, de Lee Doo-yong, Atrizes, de Lee Jae-yong, Paju, de Park Chan-ok, A Empregada, de Im Sang-soo, e Canola, de Yoon Hong-seung, que tem como protagonista a vencedora do Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante de 2021 Youn Yuh-Jung, a “vovó” de Minari: Em Busca da Felicidade.

O festival é uma oportunidade de conhecer mais do cinema sul-coreano para além de Parasita e do próprio Minari, além de nos dar um vislumbre das diferentes realidades vividas no país em épocas diversas. Cada olhar é único e reflete sobre temas próprios: relações familiares, habitação, os atritos com o norte e suas consequências, a vida no pós-guerra e muito mais. O festival acontece de entre os dias 16 e 30 de setembro, na plataforma de streaming do Petra Belas Artes. O serviço, que tem curadoria do cinema, é por assinatura e custa R$ 9,90 (mensal) ou R$ 108,90 (anual).

Sobre Bala Sem Rumo

Expoente do cinema sul-coreano, Bala Sem Rumo é baseado no romance homônimo de Lee Beomseone e conta a história de um contador pressionado, seu irmão veterano de guerra e sua família disfuncional que lutam para se integrarem à sociedade coreana do pós-guerra. Rodado em Seul, o filme tem imagens de paredes reais perfuradas por tiros, arame farpado e áreas bombardeadas da cidade, e o seu lançamento chegou a ser proibido pelo governo, por causa de sua “descrição pessimista” da vida pós-guerra na Coreia do Sul.

Yu Hyun-mok, que estreou no cinema em 1956, foi um dos maiores mestres do cinema sul-coreano, e seu olhar intelectual sobre questões sociais e políticas o levaram a ter dificuldades tanto com produtores quanto com o governo militar do seu país durante os anos 1960 e 1970. Respeitosamente, os críticos coreanos costumavam comparar sua linguagem estética à dos diretores neorrealistas italianos, considerando-o expressionista e poético.

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