Por Aline Fernanda

Escolhi como meu #5+1 de estreia, biografias de mulheres poderosas, não é preciso dizer que o tema tem rendido grandes sucessos para o cinema. Acho importante e, no mínimo interessante, conhecer as histórias de mulheres que lutaram e mudaram a sua história e a de outras pessoas, mostrando e lutando pelo que acreditavam ser o melhor para todos. Espero que minha lista faça jus a essas mulheres e, mais do que isso, espero que gostem.

Frida


Frida Kahlo foi um grande nome artístico na historia do México e é a história de sua adolescência até sua morte que o longa retrata. Salma Hayek interpretou a aclamada e conceituada pintora dos anos trinta e quarenta. O filme mostra seu casamento aberto com Diego Riviera, vivido por Alfred Molina, de quem se divorciou depois de ter seu pedido de lealdade traído quando o encontrou na cama com sua irmã. Além do casamento, Frida teve um caso com o político Leon Trostky e casos com várias mulheres. Madonna e Jennifer Lopez foram cotadas para o papel de Frida Kahlo, o longa é o segundo sobre a pintora, o primeiro é de 1983, Frida, Natureza viva.

Piaf – Um Hino ao amor

Edith Piaf (Marion Cotillard) abandonada pela mãe foi morar com a avó, dona de um bordel. Dos três aos sete anos ficou cega, recuperando-se sem explicação. Foi morar com o pai alcoólatra quem abandonou com 15 anos para cantar nas ruas de Paris. Sua vida, até então, de sofrimento foi coroada quando em 1935 foi descoberta por um dono de boate e nesse mesmo ano gravou seu primeiro trabalho, tendo seu talento reconhecido internacionalmente. Fama, dinheiro, amigos e vigilancia da opinião publica. A história da cantora que influenciou gerações foi marcada por altos e baixos. A maquiagem de Marion Cotillard para intepretar a cantora mais velha levava cerca de cinco horas para ser feita.

Olga

Baseado no livro de Fernando Morais, o longa conta a historia de Olga Benário Prestes, alemã revolucionária casada com Luiz Carlos Prestes, o maior nome do comunismo brasileiro. Olga viveu no período entre guerras e sofreu por sua condição de judia. Filha de um casal de classe média alemã rompeu com sua família para viver pelo socialismo. Sua historia é contada por meio de narrativas e flashbacks do momento em que sai de casa até sua morte. O filme chama atenção pelos grandes olhos azuis da atriz Camila Morgado que são ressaltados pelos tons frios, cheio de cinza e preto que ajudam a transmitir o sofrimento da personagem. O diretor Luiz Fernando Carvalho e a atriz Patrícia Pillar foram cotados para fazer o filme em 2001. O longa foi a estréia de Jayme  Monjardim como diretor, para decidir quem faria o papel de Olga realizou mais de 40 testes. O campo de concentração, teve 178 figurantes entre homens, mulheres e crianças, do longa foi filmado em Bangu, um dos bairros mais quentes do Rio de Janeiro. Olga foi a terceira melhor abertura de um filme brasileiro desde a Retomada, levando 385 mil espectadores no seu primeiro final de semana em cartaz. Apenas Carandiru (2003) e Os Normais (2003) tiveram melhor desempenho.

Coco antes de Chanel

O longa dirigido por Anne Fontaine conta a historia de Chanel antes de fundar seu império quando ainda era apenas Gabrielle (Audrey Tautou), uma moça órfã que passava o dia costurando e a noite cantando em um cabaré. Foram seus romances que a colocaram em meio a roda da alta sociedade parisiense. Boy Capel, amigo de seu primeiro namorado Balsan, que se tornou seu grande amor é quem ajuda Chanel a transformar seu hobby em profissão. O que é surpreeendente no filme é a atuação de Tautou que consegue reviver a Chanel de forma funcional e convincente. O filme deixa a desejar como biografia por não contar o envolvimento de Chanel com a política e as grandes reviravoltas da estilista.

Erin Brockovich – Uma Mulher de Talento

O filme, que tem Julia Roberts como protagonista, custou cerca de 52 milhões, sendo 20 milhões para o cachê da atriz. No longa, é contada a trajetória de Erin Brockovich, mãe de três filhos que trabalha num pequeno escritório de advocacia. Ao descobrir que a água de uma cidade do deserto está contaminada e espalhando doenças, convence seu chefe de deixar que ela descubra o que estava acontecendo. Erin usa tanto seus atributos naturais como a fala macia que convence as pessoas de contar sua história, quanto seus atributos físicos para montar um processo que renderia 333 milhões para os moradores da cidade. A verdadeira Brockovich vendeu os direitos de adaptação da sua história para o cinema por 100 mil dólares. O longa arrecadou cerca 28 milhões de dólares no seu primeiro final de semana de estreia.

Filme além dos clichês…

Gia

Gia Maria Carangi (Angelina Jolie) tem sua vida narrada em tom de documentário. Gia saiu de Filadélfia para tentar a vida em Nova York e logo chama atenção da poderosa agente Wilhelmina Cooper (Faye Dunaway), com sua beleza e sua atitude, Gia logo se torna uma das Top Models mais requisitada do mundo. Tem seu rosto estampando revistas como Vogue e Cosmopolitan. Junto com a fama e a solidão vem o uso de drogas como a cocaína, ela também se envolve com a maquiadora Linda (Elizabeth Mitchell), por quem se apaixona apesar do conturbado relacionamento consequente do uso de drogas, e quando recebe um ultimato, escolhe as drogas. Gia tenta uma reconciliação fracassada com Linda e com sua mãe Kathleen, o que a leva ao consumo abusivo de heroína. A modelo luta contra sua dependência na droga e quando a vence descobre estar com HIV, que contraiu de uma agulha contaminada, e morre de complicações na doença aos 26 anos.

O filme foi feito para a televisão pela HBO e veio diretamente em vídeo para o Brasil. Ganhou o Globo de Ouro na categoria de Melhor Atriz-Minisserie/Filme para TV, Melhor Atriz Coadjuvante Minisserie/Filme para TV e concorreu para melhor Minisserie/Filme para TV. Além de levar um Emmy de melhor edição. Apesar de ser um filme feito para a televisão chama atenção com a atuação de Angelina Jolie e por Gia ter sua história conturbada e fora dos padrões contada na televisão.