Crônica de um verão
Por Frederico Cabala “Este filme não foi representado por atores, mas vivido por homens e mulheres que dedicaram momentos de suas vidas a uma experiência de cinema-verdade”. As primeiras palavras de Crônica de um verão (1961) são narradas por Jean Rouch (diretor ao lado de Edgar Morin) enquanto rodam imagens do vaivém de pessoas por uma Paris quase anônima. Documentários registram o real? Há lugar para uma perseguida objetividade? Pode-se falar em neutralidade do olhar do cineasta e da filmagem? Essas questões agora podem soar anacrônicas e já desgastadas de tão tratadas. Mas no fim dos anos 1950, quando...
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