Por Lívia Fioretti

Provavelmente por ser o prêmio mais popular e transmitido do Cinema, o Oscar acaba muitas vezes tendo peso superior a outros para o público (e consequentemente para as produções). Sabendo de tamanha importância, muitas vezes não concordamos com alguns resultados, e por isso aqui vai uma lista (poderia chamar de protesto?) com 6 atores que mereciam levar o prêmio para casa.

Audrey Tautou em O Fabuloso Destino de Amélie Poulain (2001)

Cinemascope - O Fabuloso destino de Amelie Poulain

(não, eu não canso) Com visual magnífico, Amelie conta a história de uma mulher que cria seu próprio mundo por não ter um relacionamento com quase ninguém além de seu pai e outros quatro funcionários do café onde trabalha. A sutileza com que Tautou abre as portas deste universo é única, conseguindo transportar o espectador para dentro dela e de si.  Não é atoa que foi a personagem que mais marcou a estrela francesa.

Andy Serkis na trilogia O Senhor dos Anéis (2001 – 2003)

Cinemascope - O Senhor dos Aneis

Se bobear até mais que “seu precioso”, Gollum/Sméagol merecia um Oscar, só que precisamos combinar que não é tradicional a academia premiar atuações de voz e motion capture. Atire a primeira pedra quem não quis esganar (e até dar um abraço, em alguns momentos) naquela criatura esquisita e traiçoeira, que nada seria além de um assustador monstrengo esquizofrênico se não fosse pela grande atuação de Andy Serkis. Conheça o nosso especial de O Senhor dos Anéis AQUI.

Ulrich Mühe em A Vida dos Outros (2006)

Cinemascope - A vida dos outros

A vida na Alemanha Oriental não era nada fácil, especialmente se você fazia parte do mundo artístico. O dramaturgo Georg Dreyman (Sebastian Koch) e a atriz Christa-Maria Sieland (Martina Gedeck) são um casal que, por ordem do Ministro da Cultura, deveria ser vigiado 24h. Encarregado de tal missão, o funcionário Gerd Wiesler passa a ficar obcecado e, acreditem, a performance de Mühe é calculada estrategicamente como o personagem: um homem sem grandes alegrias na vida, que passa a ter como único prazer observar cada os movimentos do casal.

Ivana Baquero em O Labirinto do Fauno (2006)

Cinemascope - O Labirinto do Fauno

A atriz espanhola tinha apenas 11 anos quando foi convidada por Guillermo del Toro para viver Ofelia. ONZE ANOS. Depois de se mudar com a mãe grávida para a casa de seu padrasto, o sádico capitão do exercito durante a Guerra Civil Espanhola, a protagonista se envolve em um labirinto que encontra no jardim. Guiada por uma fada, Ofelia é levada a um fauno que a diz ser uma princesa e ser necessário provar sua realeza para poder conhecer o rei, seu verdadeiro pai. A performance de Ivana é considerada uma das melhores atuações infantis pois consegue mostrar o retrato doce e infeliz de uma menina que deseja fugir de sua realidade.

Hugh Jackman em Fonte da Vida (2006)

Cinemascope - Fonte da vida

Dividindo opiniões de cinéfilos ao redor do mundo, o trabalho de Aronofsky seguinte a Réquiem Para Um Sonho conta a história não linear de três homens (todos interpretados por Jackman): um guerreiro maia durante o resgate de sua rainha, um médico tentando salvar sua esposa da morte e um ser espiritual. Ver o mutante Wolverine na forma de diversos homens buscando eternizar seu amor de forma arrasadora não tem preço.

 

E o cinema além dos clichês…

Jim Carrey em Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças (2004)

Cinemascope - Brilho eterno de uma mente sem lembranças

Desculpem-me, mas eu tenho um sério problema com o Jim Carrey, e só mesmo este clássico cult para me fazer considerá-lo um ator de verdade. A melhor atuação da carreira do comediante foi o maníaco depressivo Joel que durante um procedimento para apagar as memórias de sua ex-namorada Clementine (Kate Winslet), decide mudar de ideia e entra em guerra com sua própria mente. Como a academia pôde ignorar este turnover?