Por Marília Bacci
A notícia é um pouco atrasada, mas como já diziam nossos avós: antes tarde do que nunca!
O filme The Lunchbox (Ritesh Batra, 2013), uma co-produção entre Índia/França/Alemanha/Estados Unidos, ganhou o prêmio de Melhor Filme e Melhor Atriz (Nimrat Kauar) no último dia 6 de novembro, no Amazonas Film Festival 2013.
Em Mumbai existe uma rede enorme de “dabba wahllas”, que são os entregadores de marmita. Funciona assim: vai chegando a hora do almoço e o entregador passa na sua casa, pega sua marmita, e leva pra você no trabalho. Assim você não tem pegar ônibus/trem/metrô com a marmita na bolsa, correndo risco de virar, vazar, essas situações que nós do proletariado estamos sujeitos.
No filme ocorre uma confusão com um desses entregadores, que leva a marmita da casa de uma jovem dona de casa, para o trabalho de um desconhecido prestes a se aposentar. Os dois então começam a se comunicar por meio dos bilhetes deixados dentro das dabbas (marmitas), e montam todo um mundo de fantasia, só para os dois. Pouco a pouco a fantasia ameaça se tornar realidade.
O filme vem sendo premiado em vários festivais, como o de Zagreb (Croácia), e foi um dos exibidos durante o Festival de Cannes desse ano. Porém, mesmo com todo esse potencial, o filme não foi a entrada indiana para concorrer ao Oscar, em 2014, e sim o filme gujarati (do estado de Gujarat) The Good Road, que também tem se dado bem com a crítica, mas não tão bem quando The Lunchbox.