Por Aline Fernanda

Depois de sair da festa de confraternização da empresa onde trabalham, três amigos acabam presos dentro de um caixa eletrônico por um desconhecido que está disposto a aterrorizar a noite do trio.

Se não fosse pelas cenas iniciais, as que mostram o assassino arquitetando seu plano, o filme não geraria nenhuma curiosidade. O amigo sem noção e piadista, o mocinho bonzinho que está apaixonado pela linda e bem sucedida moça, e um vilão sem rosto são, sem dúvidas, ingredientes clichês típicos de produções malsucedidas do gênero.

Armadilha apresenta um enredo que se melhor aproveitado poderia salvar o filme do completo fiasco que vemos na tela. Ao longo do filme algumas dúvidas são levantadas e permancem em aberto, gerando situações inverossímeis e patéticas, como por exemplo, porque o grupo para em um caixa eletrônico no meio do nada, num local quase sem iluminação, ou porque David (Brian Geraghty) estaciona o carro  a uma enorme distância do caixa, sem levar em consideração um frio de -6°C. Uma das falhas mais evidentes  de Armadilha é a motivação que leva o assassino a cometer tais crimes, quer dizer, tudo no roteiro soa desconexo e gratuito.

A artificialidade das atuações dificulta ainda mais o andamento do longa, os personagens parecem alheios quanto a gravidade dos acontecimentos. Chris Sparling também roteirizou o agoniante Enterrado Vivo (2010), protagonizado por Ryan Reynolds, na trama, ele acorda dentro de um caixão com um celular e um isqueiro e precisa lutar pela sua sobrevivência. A obessessão de Sparling pelo tema parece não ter fim. No seu desfecho, quando ‘homem sem rosto’ volta ao ponto de partida, rascunha uma possível continuação, espero que isso não passe de uma equivocada impressão.

 

Cinemascope-Armadilha - Poster (1)Armadilha (ATM)

Ano: 2011

Diretor: David Brooks

Roteiro: Chris Sparling.

Elenco Principal: Alice Eve, Josh Peck, Brian Geraghty. 

Gênero: Suspense.

Nacionalidade: EUA/Canadá

 

 

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