Por Jenilson Rodrigues
Coube a Jeff Wadlow dessa vez a tarefa de dirigir a sequência de Kick-Ass – Quebrando Tudo (2010), no qual Matthew Vaughn assumiu esse papel. Vaughn participou como produtor na realização de Kick-Ass 2, que se trata da adaptação do volume 2 da HQ para os cinemas. A continuação da aventura ganhou, inclusive, detalhes interessantes típicos dos quadrinhos como balões de diálogo utilizados estrategicamente com legendas para conversas em idiomas diferentes do inglês, além de quadros de passagem de cena que anunciavam o local onde aconteceria o próximo ato.
Dave Lizewski (Aaron Taylor-Johnson) decide retomar suas atividades como o super-herói Kick-Ass após um período ausente e depois de ver o movimento de um grupo de pessoas que, seguindo seu exemplo, se auto intitulavam heróis e se mostravam em páginas da internet. O que o desmotivava era a falta de uma companhia para se aventurar novamente na louca jornada de combater o mal nas ruas sendo apenas uma pessoa comum. Já Mindy Macready (Chloë Grace Moretz), já com seus 15 anos, convive com a vontade de seguir no seu caminho como heroína diante de uma fase adolescente conturbada, onde ela não tem mais o apoio de seu pai que antes de sua morte a deixou aos cuidados do exigente e autoritário sargento Marcus Williams (Morris Chestnut). Dave vê a possibilidade de voltar à ativa reeditando a parceria entre Kick-Ass e Hit Girl, apesar da reprovação total de suas famílias e de todos os obstáculos. Quando o herói Kick-Ass é apresentado a um grupo de super-heróis amadores comandados pelo Coronel Estrelas (Jim Carrey), ele tem a chance de voltar a lutar contra a injustiça sem saber que um antigo desafeto estava determinado a dificultar e muito o seu caminho.
Em relação ao filme anterior, o que mudou bastante em Kick-Ass 2 foi o foco da trama que antes era uma mistura de humor – baseado na louca ideia de combater o crime com as próprias mãos – e violência, em Kick-Ass – Quebrando Tudo uma criança espancava e matava criminosos sem cerimônia. Já um pouco mais crescidinhos nesse novo longa os adolescentes continuam bem violentos, mas o lado humorístico do filme não se destacou tanto, mesmo com a presença do engraçadíssimo Jim Carrey. Alguns personagens são usados e descartados com muita facilidade, onde sua participação poderia ser mais bem explorada. O ritmo do filme ficou mesmo por conta da disputa entre os super-heróis e os super vilões amadores que foram surgindo como inimigos para a liga denominada Justice Forever. As cenas de ação e velocidade, assim como as de luta foram muito bem trabalhadas e não deixam a desejar mantendo a emoção de bons combates numa sucessão de takes de tirar o fôlego.
A trilha sonora conta com algumas surpresas como a versão da banda britânica The Bees para o clássico dos Mutantes “A Minha Menina”, que caiu como uma luva no momento em que foi executada. É um dos pontos altos de uma produção que apesar de oscilar bastante consegue cumprir com sua função que é a de agradar aos fãs da saga.
Ano: 2013
Diração: Jeff Wadlow.
Roteiro: Jeff Wadlow.
Elenco principal: Aaron Taylor-Johnson, Christopher Mintz-Plasse, Chloë Grace Moretzmais, Jim Carrey.
Gênero: Ação, Comédia.
Nacionalidade: EUA.
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