Por Ana Carolina Diederichsen

Nos primeiros momentos do filme baseado no livro japonês “All you Need is Kill”, já nos deparamos com uma nova realidade da terra. Após alguns anos de invasão alienígena pelos Mimics, a terra mergulhou em caos total.

Na tentativa de combater essa ameaça, as nações se uniram e criaram um exército especial e tecnológico, que conta com poderosíssimas armas. Sob a forma de um exoesqueleto, elas tornam os seres humanos muito mais fortes e velozes, mas não o suficiente para acabar de vez com os habilidosíssimos Mimics.

Dotados de uma série de tentáculos, os alienígenas se movem com tamanha velocidade e precisão que estão rapidamente dizimando a raça humana. A movimentação das criaturas, que parecem ser feitas de uma liga metálica fundida, gera cenas visualmente interessantes. Além disso, eles parecem prever as ações das forças armadas e a cada investida humana, o resultado é sempre um massacre.

Todavia, parece haver uma última esperança: uma soldada especialmente habilidosa responsável pela vitória em uma importante batalha. Rita (Emily Blunt) virou instantaneamente heroína mundial. Aproveitando-se dessa exemplar heroína, o arrogante relações públicas das Forças Especiais, o Major Bill Cage (Tom Cruise) tenta promover a possível vitória contra os Mimics a medida que promove a si mesmo.

O filme realmente começa quando Cage é colocado no front armado. Sem experiência bélica nenhuma, o almofadinha de escritório agora tem que aprender a lidar com a armadura e vivenciar as batalhas que há pouco promovia. A partir daí, as cenas de ação começam e nunca mais terminam.

O inexperiente major luta bravamente, mas sem a menor aptidão, morre. E acorda, como se nada tivesse acontecido. Cage está preso em uma fenda temporal, que reinicia a cada morte e faz com que ele retorne ao último momento em que estava dormindo. A cada dia, repetidamente, ele tem a chance de mudar os acontecimentos e aprender um pouco mais sobre os alienígenas que tenta derrotar. Nessa situação, conta com a ajuda de Rita, que parece entender bem o processo que ele vivencia.

O filme com excelente cenas de ação, tem um roteiro um pouco mais elaborado que a média. Ao envolver viagens no tempo, o roteiro encabeçado por Christopher McQuarrie, vencedor do Oscar por Os Suspeitos, torna o longa complexo. E ao dar ao protagonista a chance de reviver e aprender um pouco mais a cada “vida”, o aproxima muito à dinâmica dos videogames.

Temos então a chave para um belo blockbuster. Dirigido por Doug Liman (Identidade Bourne), o filme se foca na ação, mas não se limita a ela. Apesar disso, a história tem um potencial maior do que foi desenvolvido. Mesmo com o quebra-cabeças de tempo/espaço elaborado, se apoia muito em clichês mais do que batidos. Em contrapartida a construção da coerência é tão sólida que minimiza os problemas evidentes e faz o filme valer a pena.

Para quem gosta de 3D, No Limite do Amanhã é uma boa pedida. As batalhas velozes na areia e os tentáculos alienígenas se sobressaem (literalmente).

Cinemascope-no-limite-do-amanhã (7)No Limite do Amanhã (Edge of Tomorrow)

Ano: 2014

Diretor: Doug Liman

Roteiro: Christopher McQuarrie, Jez Butteworth, John-Henry Butteworth

Elenco Principal: Emily Blunt, Tom Cruise, Bill Paxton

Gênero: Ação / Ficção

Nacionalidade: EUA/ Austrália

 

 

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