Os Vingadores

Por Ana Lucinski

Um dos maiores projetos da Marvel finalmente foi às telonas. Cada um dos heróis já é conhecido: Capitão América (Chris Evans), Homem de Ferro (Robert Downey Jr.), Thor (Chris Hemsworth), Hulk (Mark Ruffalo), Gavião Arqueiro (Jeremy Renner) e Viúva Negra (Scarlett Johansson), todos nos foram apresentados em outros filmes. Assim como nos quadrinhos a Marvel fez no cinema a junção de seus maiores heróis, a vantagem é que a quantidade de filmes para entender o enredo dos vingadores é menor do que a quantidade de quadrinhos. O vilão também já é conhecido, Loki (Tom Hiddleston) que retorna para dominar a Terra.

Então temos a fórmula do sucesso: um super soldado da Segunda Guerra Mundial; um gênio, bilionário, playboy e filantropo; um deus nórdico; um cara com grandes problemas para controlar sua raiva; um arqueiro assassino profissional e uma espiã russa e mortal contra um vilão louco e um exército de alienígenas.

Claro que com tantas personalidades diferentes, juntar todos esses heróis não é fácil. Como era de se esperar, existem mais conflitos entre os vingadores do que contra o inimigo real. É preciso um pouco mais do que a invasão da Terra para juntar esses personagens. Essa é uma das diferenças entre Marvel e DC Comics. Os heróis da DC se dão um pouco melhor entre si do que os heróis da Marvel.

Em comparação com outros filmes da Marvel, é bem perceptível o “toque Disney” no filme. Existe bem mais humor do que de costume, e algumas cenas possuem muito a característica cômica da Disney, como uma das cenas entre Thor e Hulk durante a batalha final, por exemplo. Muitos podem desgostar disso, mas eu sinceramente gostei. Deu um novo ar para o estilo dos filmes da Marvel, equilibrando cenas de ação com diálogos mais engraçados. Era algo que o Homem de Ferro possuía, mas por ser um personagem de características sarcásticas naturais, digamos assim. Os diálogos irônicos foram incorporados aos outros personagens. Assistindo Thor ou Capitão América, fica mais claro como esses personagens sofreram algumas moficações nesse aspecto.

A crítica, de modo geral, focou suas análises e comentários na atuação de Johansson, não desmerecendo seu trabalho, mas a atuação que me surpreendeu foi a de Hiddleston. Em Thor, seu personagem não possuía o mesmo tom que em Os Vingadores. Loki aparece mais louco e com a língua mais afiada. Gostaria de ter visto esse Loki em Thor. Tornou-se um vilão digno de um filme grandioso como esse, apresentando também cenas cômicas, nas quais Hulk está presente na maioria.

Quanto aos efeitos gráficos não há nem o que se comentar. Acompanhando os filmes da parceria Marvel e Paramount é notável a evolução de seus recursos gráficos, mas em Os Vingadores, é praticamente ignorante a qualidade gráfica. É um verdadeiro espetáculo!

A trilha sonora também merece atenção. Os filmes do gênero costumam ter trilhas sonoras repletas do rock ‘n roll de diversas vertentes e Os Vingadores não foi diferente, misturando músicas de Soundgarden, Kasabian, Rise Against e Evanescence.

Não posso esquecer, é claro, da estrela do filme, Tony Stark. Não tem como não notar o destaque que o personagem possui no longa. Seu humor sarcástico e suas respostas inteligentes parecem agradar o grande público. Nada com um herói rico que sabe curtir a vida. Sem sombra de dúvida, um dos melhores diálogos do filme ocorre entre Stark e Loki, em uma cena na torre Stark, onde os personagens conversam “amigavelmente”.

O filme possui toda a essência dos quadrinhos, com muita ação, drama e uma pitada de comédia. O que refletiu as escolhas acertadas da produção.

Os Vingadores – The Avengers (The Avengers)