Por Magno Martins

Ator, diretor, produtor, humorista, empresário, escritor, comediante, dançarino, roteirista e músico britânico: nunca um ícone do universo cinematográfico foi tão reverenciado e aclamado quanto Charlie Chaplin. Isso, de fato, não é novidade para ninguém. Afinal, Chaplin foi capaz de mudar toda a história e percurso do cinema, com toda a sua inteligência, senso de humor, sensibilidade, visão e intuição.

Charles Spencer Chaplin, mais conhecido como Charlie Chaplin, nasceu no dia 16 de abril de 1889. A veia artística de Chaplin veio dos seus pais, já que ambos eram cantores e atores. Sua vida não foi nada fácil na infância e juventude: enfrentou a separação dos pais aos três anos de idade; sua mãe perdeu a guarda dos filhos por problemas financeiros e mentais; foi rejeitado pelo pai; foi separado do meio irmão Sidney quando ambos foram parar em um orfanato.

Após ir para os EUA aos 21 anos por conta de uma turnê de teatro, Chaplin foi fisgado por um cineasta na época, que gostou e muito de uma de suas apresentações. Foi assim que ele começou no mundo do cinema, através  da Keystone Film Company. Ao construir o seu personagem O Vagabundo, Chaplin deslanchou sua carreira de forma incrível como comediante do cinema mudo. Mas o seu nome começou a ganhar mais força ainda quando começou a produzir seus próprios filmes. Através do seu dom, Chaplin conseguiu uma legião de fãs que davam gargalhadas das atrapalhadas do Vagabundo.

Uma peculiaridade de Chaplin que todos reconhecem é que ele sempre inseriu em suas obras alguma crítica social e fatos que foram sentidos na pele em sua vida. Em sua extensa cartela de curtas-metragens, Chaplin fez o público rir, mas também os fizera refletir sobre a vida e tudo ao redor. Já os seus longas-metragens, Chaplin se aprofundou e muito em questões como abandono de crianças (retratado no filme O Garoto; 1921), o capitalismo e o trabalho desumano (Tempo Modernos; 1936) a Segunda Guerra Mundial (O Grande Ditador; 1940) entre outros. Demorou um tempo para Charlie se render ao cinema falado, mas as suas obras no cinema mudo, com sua percepção, por si só já era o suficiente para passar a mensagem que desejava.

Diante de tudo que Chaplin foi e sempre será no cinema que nós, do Cinemascope, iremos abordar os seus longas-metragens em um especial que durará todo este ano de 2013. A cada mês, um novo artigo será publicado sobre as obras de um verdadeiro artista que não apenas impressionou os olhares, mas que tocou o coração de todos que já viram seus trabalhos.

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