Autor: Eduardo Ferrarini

Sobre

Eduardo Ferrarini

Formado em Cinema e um amante dessa arte. Aspirante a cineasta. Apreciador de música, livros, séries, pinturas, video-games, quadrinhos, da vida e das pessoas que a cercam.

Sem Túmulo

Por mais que uma pessoa morra, seus feitos e atitudes podem ressoar pelo mundo, talvez até para sempre. Às vezes cabe aos vivos lidarem com as consequências desse alguém e carregar o fardo. Onde há ação, haverá reação. É nessa noção que Sem Túmulo (2018), do estreante Mostafa Sayari, é tecido. Baseado livremente no clássico romance de William Faulkner, Enquanto Agonizo (1930), o filme conta a história de uma família de quatro pessoa que precisa levar o corpo do patriarca, que desejava ser enterrado numa distante vila. Eles desconhecem a relação desse local com o pai. Adotando uma estrutura...

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Cavalos Roubados

Passado e presente sempre são confrontados. De forma sempre a questionar se o que foi feito anteriormente poderia resultar em um caminho diferente, o que faz o presente sempre temer o futuro também, cheio de incertezas. A premissa de Cavalos Roubados, filme selecionado pela Noruega para representá-la no Oscar do ano que vem, equipara esses tempos constantemente. Situando o presente em 1999, quando na televisão já se ouvia sobre o bug do milênio, o já sexagenário Trond (Skarsgård) vive isolado numa vila na Noruega. Ao descobrir que seu vizinho (Floberg) se trata de um colega que conheceu na época...

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Quem Você Pensa que Sou

Nossas relações com o ambiente ao redor, com a forma de obter informações, estudar, pedir entregas mudaram radicalmente e, obviamente, as relações intrapessoais também. O jeito que nos comunicamos, os sinais que interpretamos diante de uma demora de alguns segundos de  uma mensagem, ou um tipo de foto de perfil de alguém. A própria maneira que montamos nossa imagem no mundo virtual é uma construção de uma personagem, elementos que preferimos exaltar diante de outros para o restante do mundo. São questões como essa que Quem Você Pensa que Sou, filme de Safy Nebbou abarca. Claire (Binoche), é uma professora de literatura que passa por um momento...

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Midsommar: O Mal Não Espera a Noite

No inconsciente coletivo, o terror/medo é quase sempre associado com escuridão. Afinal, o anseio que a mente constrói de algo que não vemos e só conseguimos imaginar é apavorante. Não é à toa que o recurso é tão utilizado no gênero do horror. Não sabemos imediatamente a fisicalidade da criatura em Alien – O Oitavo Passageio (1979) ou mesmo do animal em Tubarão (1975), justamente porque nossa imaginação monta a imagem mais apavorante possível. Portanto, é algo impressionante o que o cineasta Ari Aster realiza em seu mais novo trabalho, Midsommar: O Mal Não Espera a Noite. Na história, que...

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