Silent Hill: Revelação 3D

De Victor Melo.

Estréia essa semana no Brasil, com quase um ano de atraso, Silent Hill: Revelação 3D, sequência de Terror em Silent Hill, lançado em 2006. A série é baseada nos dois primeiros jogos da franquia de games Silent Hill, onde muitos aspectos visuais como cenários, personagens e principalmente o enredo tentam chegar ao máximo de fidelidade aos jogos, mas conhecendo as duas mídias, fica claro que no resultado final isso não acontece.

O filme, muito aguardado pelos fãs do gênero, mostra a jovem Heather Mason já crescida e sua trajetória ao lado do pai que juntos vivem fugindo de forças ocultas que tentam chamar Heather para Silent Hill novamente. Mas quando seu pai desaparece misteriosamente, a jovem se depara com uma difícil decisão: voltar e enfrentar todos os perigos da cidade e resgatá-lo, ou continuar fugindo para sempre.

Por se tornar previsível, o filme acaba por ser recheado dos clichês de filmes de terror, em muitas partes, principalmente na cidade de Silent Hill, a cada corredor ou sala um novo Monstro conhecido dos Games aparece, como uma fase de jogo a ser concluída. Sanguinolento e frio, o abuso de cenas fortes de decapitação e mutilação não causam tanto impacto ou choque no espectador por serem tão frequentes, talvez esse tipo de excesso tenha sido o problema principal do filme.

O diretor Michael J. Bassett parece ter tentado ao máximo ser fiel ao jogo, tanto no visual quanto no roteiro em si, que em muitas cenas chega a ser previsível demais para um filme de mistério – e o 3D estereoscópico ajuda a tornar os efeitos mais reais, mas não conta nenhum ponto a mais. Poderia muito bem ser mais explorado.

Silent Hill – Revelação 3D (Silent Hill – Revelation 3D)