Super Mario Bros. (1993)
O jogo é um clássico! Não existe uma pessoa que teve sua infância nos anos 90 que não tenha jogado qualquer uma das versões de Super Mario. O filme foi a primeira adaptação de vídeogame feita em Hollywood, mas foi um desastre de bilheteria. Com os atores Bob Hoskins e John Leguizamo nos papéis de Mário e Luigi e a atriz Samantha Mathis como a princesa Daisy. Muitos fãs não gostaram da caracterização dos personagens, um Luigi sem bigode e um Yoshi diminuto, mas ninguém pode negar que a interpretação de Hoskins foi genial. Os cenários são sensacionais com um clima que só os filmes dos anos 90 tem, um mix de neons e tentativas futuristas. Com um roteiro peculiar que surpreendentemente consegue me lembrar Hamlet de Shakespeare, mas sem as mortes e um pouco bagunçado.
Street Fighter – A última batalha (1994)
O game de maior sucesso da Capcom indo às telonas, com Jean-Claude Van Damme e Raul Julia. Tinha tudo pra dar certo, não que tenha sido um desastre, mas a critica acabou com o filme. O filme não agradou muito aos fãs também, com algumas mudanças drásticas sem explicações, tais como: dois dos personagens principais, Ken e Ryu, transformados em meros traficantes de armas; Blanka, um personagem brasileiro dos jogos, deixa de ser brasileiro e muda o nome para Charlie entre outras coisas. O roteiro em si é bem fraco, com visões bem clichês sobre geopolítica e ditaduras. Não foi o melhor do gênero definitivamente, tanto que na sequência Street Fighter: A Lenda de Chun-li, não teve nenhum destaque e a bilheteria foi um desastre.
Mortal Kombat (1995)
Um dos meus jogos de luta favoritos teve seu filme dirigido pelo mesmo diretor de Resident Evil, Paul W. S. Anderson. Não posso dizer que o filme ficou lindo, mas posso garantir que mostrou ao mundo que esse gênero, se melhor explorado, tem potencial. Os efeitos especiais são bem mal feitos e chegam a ser feios, mesmo para a época. Temos filmes mais velhos muito melhor trabalhados. Porém a maquiagem não ficou tão ruim. O personagem Goro, que possui quatro braços não ficou tão ruim quanto os efeitos especiais. Os cenários deixam a desejar, mas seguem o padrão de mudança do jogo e se assemelham aos usados nos games. A trilha sonora é igualzinha a dos jogos (não me refiro aos efeitos sonoros), com um clima bem parecido com o do jogo e seu roteiro segue mo mesmo padrão, um campeonato de luta que só sobrevive o mais forte de todos. Desconfio que Anderson gosta de videogames.
Lara Croft: Tomb Raider (2001)
Arqueóloga, malhada, adora armas e detesta sutiãs, essa é Lara Croft interpretada pela poderosa Angelina Jolie. Personagem que marcou a carreira da atriz, imortalizada como Lara Croft definitiva pelos fãs do jogo. Angelina, para garantir semelhança com a personagem, malhou pra ficar com o mesmo perfil físico desenhado nos games, sucesso absoluto nessa missão. Os cenários arrasaram e as cenas de ação ficaram muito boas, um pouco confusas por causa dos enquadramentos, mas ainda sim bem legais. O roteiro é simplório, não é dos melhores, diálogos fracos e enredo nem chega aos pés dos enredos dos games. No geral o filme só é bom por causa da personagem sensacional de Angelina Jolie. Mesmo assim, foi um sucesso de bilheterias e sua sequência repetiu o sucesso.
Resident Evil (2002)
Já fazem 10 anos desde o lançamento do primeiro filme da saga de maior sucesso do gênero. Resident Evil foi um estouro! Falou em Milla Jovovich, falou em Resident Evil. O primeiro filme ainda tinha os efeitos especiais bem escassos, seu roteiro não era tão próximo dos games, e seus personagens não eram os mesmos dos jogos, mas seu sucesso foi absoluto. Tornou-se não apenas um filme baseado em videogame, mas um filme de suspense e ação que, mesmo quem não conhecia o jogo, gostou também. Um apocalipse zumbi cheio de lutas onde a personagem vai tentando sobreviver a cada filme. O primeiro ainda tinha um “q” de anos 90, meio futurista em relação ao ataque biológico e a tecnologia da colméia. Os cenários ainda tinham semelhanças com o universo de filmes de ação dos anos 90.
Filme além dos clichês…
Príncipe da Pérsia – As areias do Tempo (2010)
Um dos jogos mais clássicos no início dos anos 90, datado de 1989 criado ainda em sistema DOS, Príncipe da Pérsia parecia meio repetitivo, porém possuía uma série de quebra-cabeças inteligentes e diversas armadilhas pelo jogo. Foi considerado um avanço na qualidade de animação no que se diz respeito aos games da época. Ainda lembro do barulhinho da CPU enquanto jogava. Como todo jogo de sucesso, hoje bem mais avançado e com gráficos que não se comparam ao original, o jogo ainda possui a mesma essência, porém com mais ação e efeitos especiais.
Qual não foi a minha surpresa ao saber que a Disney havia abraçado essa ideia e ainda havia decidido produzir com grande estilo e em um projeto super ambicioso?! Príncipe da Pérsia – As areias do tempo foi um filme baseado em uma das versões do jogo, lançado em 2003.
A caracterização dos personagens foi sublime. Jake Gyllenhaal ficou perfeito no papel de Dastan e absolutamente todos os figurinos ficaram fantásticos! Nem consigo comentar os cenários, simplesmente deslumbrantes, sendo que o filme foi filmado no Marrocos e Reino Unido. O filme em si é visualmente lindo. Os efeitos especiais bem trabalhados fazendo desse o mais bonito dos filmes do gênero.
As cenas de Dastan saltando pelos prédios é simplesmente o que mais remete ao jogo. Dá praticamente para visualizar a cena como nos jogos.
A Disney tinha a pretensão de fazer do Príncipe da Pérsia seu novo “Piratas do Caribe”. Porém, mesmo só perdendo em bilheteria para Lara Croft: Tomb Raider, sua bilheteria não cobriu o alto investimento realizado. Não há o que dizer. Não sei se o investimento foi insano de mais ou se o público não se identificou com a história, mas ao meu ver, o filme é uma jóia para o gênero.
O roteiro não segue o padrão dos jogos, é um épico cheio de fantasia da mesma forma que Piratas do Caribe e outros filmes como A Múmia. Não é necessário conhecer o jogo para acompanhar a história. Possui muita magia e romance. Porém podemos dizer que o roteiro tenha as suas falhas, depois de certo momento, a história se torna meio óbvia, o espectador já consegue decifrar qual será seu desfecho pelo excesso de acontecimentos.
Pode ser que não tenhamos um outro Príncipe da Pérsia produzido com todo o requinte do original. Ficamos com esse que é de encher os olhos.