Por Domitila Gonzalez

Estreio minha participação no #5+1 fazendo uma compilação de duas coisas que ocupam boa parte do meu tempo livre: livros e filmes!

Pra começar, o maior pepino de quem pretende transformar um livro em longa-metragem é o roteiro. Vai dizer que nunca saiu do cinema indignado porque algum roteirista mequetrefe deixou sua cena preferida de lado!?

Que atire a primeira pedra o leitor que nunca ficou indignado com uma adaptação cinematográfica! Ou então aquele cinéfilo maluco que nunca viu um filme no cinema e depois correu pra ler o livro pra comparar! Por isso, minha primeira adaptação escolhida é…

Harry Potter

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“After all this time? – Always”.

Always, meus queridos, Always. Começo logo por uma das franquias que mobilizou uma cacetada de gente. Nós da “geração Harry Potter” somos tão malucos pelo universo criado por J.K. Rowling que mesmo quando os cinemas não tinham lugar marcado, acampávamos nas filas, passávamos o dia inteirinho sentados comendo pipoca e falando da vida – e dos livros – só pra garantir um lugar legal e não assistir ao primeiro voo do Bicucinho com torcicolo no pescoço.

A Warner levou uma bolada investindo nos direitos autorais e quem se beneficiou fomos nós! Com algumas trocas de diretor no meio do caminho e mesmo com o corte radical das madeixas de Emma Watson depois do fim de HP7-2 – viu, Miley Cyrus?, não precisa lamber o martelo pra se despedir do personagem –, ainda assim os fãs tiram os chapéus de bruxo para as adaptações. Com um buraco ou outro no roteiro (ainda não me conformo com A Toca pegando o fogo, em HP6), mas sempre esnobando com trilha sonora e elenco INCRÍVEIS, Harry Potter é a franquia que mais me agrada em adaptações cinematográficas. Todaschora com a foto. Veja o especial AQUI.

O Auto da Compadecida

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Mas o que raios um filme nacional está fazendo no meio de tanto filme gringo? “Não sei, só sei que foi assim”. Quando vi, não conseguia pensar em outro a não ser nele!

Ariano Suassuna ainda é um dos melhores autores brasileiros do século XX e além do elenco TOP e de Guel Arraes no comando da direção, temos a vantagem de o texto já ser escrito para ser interpretado.

O que de maneira alguma anula o trabalho impecável de roteiro de Adriana Falcão e João Falcão, juntamente com o diretor Guel Arraes. De série pra TV virou filme, de filme virou sucesso e se você ainda não viu tá perdendo uma grande produção brasileira.

Jogos Vorazes – Em Chamas

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Saindo do clássico pra falar em modernidade, CORRE pro cinema porque Panem está em polvorosa! Peeta e Katniss, dois tributos vencedores da última edição dos Jogos Vorazes, vão voltar à arena para a comemoração de 75 anos do evento – o Massacre Quaternário – e aí, minhazamiga, a coisa vai ficar boa!

A equipe de roteiro deu um show na adaptação do segundo livro da trilogia, deixando o primeiro filme no chinelo! Tá, tá, tá, aí você vai falar “mas o segundo livro é muito melhor que o primeiro!” De fato, mas não adianta nada o livro ser primoroso e a adaptação ser uma meleca. Saí do cinema muitíssimo satisfeita, os figurinos da DIVA Judianna Makovsky estão cada vez mais lindos, a sintonia dos atores está sensacional, e mesmo não gostando da escolha de omitir a primeira pessoa dentro da narrativa cinematográfica, gosto da figura de Katniss e sou #TeamPeeta forever. Haters gonna hate.

Leia a crítica completa aqui

O Fantasma da Ópera

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Do moderno ao clássico, um salto de um século. Pois é! Pra você que achou que O Fantasma da Ópera era só musical da Broadway, vô te contá que né não. Escrito em 1910 pelo francês Gaston Leroux, o livro ganhou minha adaptação preferida no ano de 2004.

Mesmo sendo bem mais aterrorizante do que no filme, gostei da versão dirigida por Joel Schumacher e devo dizer que de fato não é uma obra para ser vista com aquele saco de pipoca amanteigada que tanto gosto. O próprio ritmo do longa exige uma apreciação maior: grandes planos, luzes diferentonas e a voz doce de Emmy Rossum, embalados pelo roteiro do baalado compositor das músicas originais, Andrew Lloyd Weber.

Apesar da voz rouca e meio desafinada de Gerard Butler e da canastrice do mocinho Patrick Wilson, devo dizer que ainda assim O Fantasma me agrada muito mais do que a papagaiada que fizeram com Les Mis… Que de fato tinha tudo pra ser um grande filme, mas também tinha o Wolverine e o Robin Hood tentando cantar e o vibrato de cabrita da Amanda Seyfried. Haters gonna hate (2), mas ponto pro diretor que conseguiu me ganhar com facilidade.

Orgulho e Preconceito (2005)

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SÓ AMOR!

Esse Orgulho e Preconceito não foi a primeira adaptação de um romance de Jane Austen. Já havia outros lançamentos no mercado, mas com certeza foi o que mais fez sucesso.  E pra mim não é só uma questão de elenco, afinal Razão e Sensibilidade (Ang Lee, 1995) contava com Emma Thompson, Kate Winslet, Alan Rickman e Hugh Grant e não foi tão visto, assim.

Palmas pra Keira Knightley que além de saber fazer biquinho com maestria, conseguiu dar vida às peculiaridades de Lizzie Bennett e fez um belo par com Matthew Macfadyen, meu Mr. Darcy preferido de todos os tempos! Manda um beijo pra sua mãe, seulindo!

Acredito que Deborah Moggach, que também é roteirista de O Exótico Hotel Marigold, é uma grande responsável pela propagação do filme. Isso sem falar na trilha sonora absolutamente fantástica de Dario Marianelli – o mais tocado do meu player que por um mero acaso do destino (SÓ AMOR +1) também é o compositor de… TCHA-RAAAAAAAAN!

Meu filme além dos clichês:

Anna Karenina

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Olha. Eu não sei o que você tá fazendo que ainda não viu esse filme. Porque se você viu, sabe do que eu estou falando. Anna Karenina, definitivamente, é um filme além dos clichês. É a prova definitiva de que modernidade e clássicos podem caminhar juntos, sim!

Que que é aquele começo, pelamordedeus?! Olha a trilha sonora! Olha a equipe! Esses ingleses sabem da coisa. E com certeza não foi por acaso que boa parte da equipe de Orgulho e Preconceito foi direto pra adaptação do romance de Tolstói. Ó só: em ambas as produções, além de termos nossa querida Keira e o lindo do Mattew, também temos o mesmo diretor (Joe Wright), o mesmo compositor (Dario Marianelli) e a mesma equipe de figurino. Ah, mas só isso não faz uma grande produção! Não? Toma, então, o fotógrafo de Os Vingadores e Desejo e Reparação, e também o diretor de arte de Sherlock Holmes. Pra cereja do bolo, o roteiro insano de tão bom é de Tom Stoppard – ninguém mais, ninguém menos do que o roteirista de Shakespeare Apaixonado.

Anna Karenina está no meu top 5 da vida! E se você tem outras adaptações preferidas que ficaram fora desse #5+1, não surte! Peça por elas e a gente faz outra versão!

Leia a crítica completa aqui