Por Lívia Fioretti

Para muitos, o cinema é uma das formas mais influentes de escapismo da realidade. Não importa o que você esteja passando na vida, sempre haverá aquele filminho levanta defunto, que vai te tirar do sofá e te convencer que sair cantarolando por aí é bem melhor.

Curtindo a Vida Adoidado (1986) – John Hughes

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Quem nunca quis ser Ferris Bueller (Matthew Broderick) que atire a primeira pedra! O jovem que mata a aula com a namorada e o melhor amigo se tornou um clássico da Sessão da Tarde pela forma irreverente como foi contada pelo roteirista. Destruir uma Ferrari e participar de uma parada não são nada para Ferris quando comparados com a perseguição da fúria de sua irmã e do diretor da escola, que tem certeza de que o jovem não está doente.

Antes do Amanhecer (1995) – Richard Linklater

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A história dos jovens viajantes Jesse (Ethan Hawke) e Celine (Julie Delpy) rendeu uma das trilogias favoritas dos cinéfilos românticos. O filme conta a trajetória do casal, que se conhece acidentalmente durante uma viagem de trem, onde Jesse convida Celine para passarem um dia juntos em Viena. O filme causa uma identificação imediata com o público, que esquece que está no sofá de casa e sente como se estivesse passeando em uma tarde pelo maravilhoso cenário austríaco.

O Fabuloso Destino de Amelie Poulain (2001) – Jean-Pierre Jeune

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O filme trata da mudança de vida de Amelie Poulain (Audrey Tatou, no trabalho que a consagrou), que passa de um estado completo de voyerismo para salvadora da humanidade. Após um episódio durante a morte de Lady Di, a jovem passa a perceber que pode melhorar a vida das pessoas a sua volta (e a sua própria) fazendo pequenos atos que melhores o dia das mesmas. Impossível não babar no cenário maravilhoso que é Montmatre, em Paris, na fotografia e no dinamismo do filme. Vale mostrar pra aquele amigo chato que acha que filme francês é cabeça demais.

Intocáveis (2011) – Eric Toledano

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Mais um filme que prova que os franceses não são tão chatos assim… O segundo maior sucesso de bilheteria da França brinca com os estereótipos marcados de Driss (Omar Sy), um homem negro, pobre e agressivo e Phillipe (François Cluzet) um tetraplégico branco, milionário e elegante. O filme pode ser considerado escrachado e politicamente incorreto, mas trabalha o ser humano da forma mais sincera possível, independente de sua cor e classe social. A cena em que Driss dá um show de dança consegue tirar do sério até o mais irritado dos seres.

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Para Roma, com Amor (2012) – Woody Allen

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Sendo considerado entre o “neurótico”e o “genial” o filme do diretor americano trata do cenário atual com muita brincadeira e da mídia com muita realidade.  As situações são divertidíssimas e o espectador acaba completamente envolvido pelo cenário da cidade eterna, especialmente pelas cenas finais que se passam na Piazza di Spagna. Destaque para a atuação de Penélope Cruz como prostituta, Roberto Benigni como figura midiática e Alec Baldwin como um grande arquiteto americano visitando a cidade onde morou em sua juventude.

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Cinema além dos clichês…

Ensina-me a Viver (1971) – Hal Ashby

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O clássico conta a história de duas personagens muito distintas: Harold (Bud Cort) é um jovem obcecado pela morte que dirigia um carro fúnebre, costumava encenar falsos suicídios para sua mãe (uma socialite que insistia em tentar casá-lo com alguma boa moça) e tinha como principal passatempo visitar funerais. Em um destes ele conhece Maude (Ruth Gordon), uma senhora de 79 anos que leva a vida de forma completamente inovadora. Um jovem no começo da vida, apaixonado pelo final da mesma e uma senhora no final da vida, apaixonada pela mesma… Uma combinação inédita. Um filme daqueles que te dá vontade de aproveitar cada vez mais os dias, além de ter como trilha sonora Cat Stevens!