Da redação
De volta pra mais um ano de parceria com o Cinemascope! Como sempre eu fico muito tempo sem postar, mas vocês entendem né…rs. Hoje vou falar sobre um filme bem diferente do que vocês estão acostumados de cinema indiano. Este filme difere de todos os outros por ser filmado com diversas câmeras: uma de segurança, uma de espionagem e também por câmeras amadoras.
Love Sex aur Dhokha (2010) é um filme que retrata três histórias diferentes que se interligam. Primeiro temos a história de dois jovens apaixonados, que fogem e se casam sem que as famílias saibam. O pai da noiva descobre onde eles estão e manda um carro para buscá-los, mas isso não passa de uma emboscada para acabar com os dois. Essa parte é inteira filmada com a câmera amadora do rapaz que é o noivo e que está fazendo um filme para se graduar na faculdade de cinema.
Na segunda história, uma atendente e um segurança de uma loja de conveniência têm um caso, que é registrado por uma das câmeras de segurança e que vai acabar se tornando famoso na internet (assim como estamos acostumados com as imagens dos famosos #safadinhos). Como se trata de uma história filmada pelas câmeras da loja, não há outro ambiente que apareça, a não ser esse.
Na terceira história conhecemos um repórter investigativo que usa câmeras de espionagem para gravar as cenas, portanto, toda essa parte é gravada desse modo. O repórter conhece uma moça e, apesar de os dois não se relacionarem afetivamente, ele a ajuda a desmascarar um famoso cantor de pop nacional, que exige sexo de todas as mulheres que queiram aparecer em seus videoclipes.
Todas as histórias se entrelaçam em alguma parte. O casal da primeira é amigo da atendente da loja, que ajuda a socorrer o repórter quando este leva um tiro dentro do estabelecimento, pois estava investigando o famoso cantor. Os apaixonados da primeira história e os da segunda vão visitar o repórter no hospital e saber se está tudo bem com ele, e assim por diante. Não tem como falar muito, porque senão vou estragar o filme para vocês.
Pelo filme ser todo filmado como se fosse um reality cinema, ou cinema de realidade, a iluminação dele é ambiente, privilegiando a luz que era captada pelas câmeras, sem interferência. O enquadramento também é o que foi captado, muitas vezes com partes do corpo cortadas e sem enquadrar exatamente a cena escolhida. A presença de trilha sonora também não é forte, pois senão não seria tão real como o diretor queria que parecesse. Sabemos que tudo isso é parte da linguagem do filme, e que não necessariamente o que está ali não foi pensado.
Procurem o filme por esse mundão afora e se deliciem com essa peça bem diferente do cinema indiano. Até a próxima!