Por Marília Bacci
Rá! Voltei! E hoje já vou voltar causando polêmica. Hahahaha.
Vim falar sobre um filme bem interessante do diretor Anurag Kashyap, que vem modificando os filmes de Bollywood que dirige. That Girl in Yellow Boots é um filme que foi até bem recebido pelo público indiano, mas muito mais bem recebido pela crítica, e vocês já vão entender o porquê.
O filme é sobre a história de Ruth, interpretada pela ótima Kalki Koechlin, uma inglesa que vai para a Índia em busca de seu pai. Por ter somente o visto de turismo, não pode ser contratada em nenhum lugar, e acaba trabalhando em uma casa de massagem, onde os homens pagam por “finais felizes”.
Assim como em Dev. D, há muitos estrangeiros, já que regularmente aparecem cenas nas quais a personagem está na polícia renovando o visto. E, assim como naquele filme, também percebemos uma linguagem muito mais ocidentalizada.
Essa linguagem não aparece apenas nas falas dos personagens, mas também na maneira como a câmera é posicionada nas cenas. A câmera é quase sempre baixa, assumindo a posição alta em poucos momentos, como na cena em que entram na casa de Ruth e ela se torna pequena diante da gangue. A câmera também é sempre segurada na mão, com a função de atribuir a impressão de suspense às cenas.
A iluminação é bem contrastada, durante o filme inteiro. Temos poucos personagens no enredo, que foca mesmo na busca de Ruth por seu pai. Seu namorado é um viciado em drogas (o assunto se repete aqui, assim como em Dev. D) que deve dinheiro para um traficante, que acaba invadindo a casa de Ruth e pegando todas as suas economias.
A trilha sonora do filme é praticamente a mesma durante toda a narrativa, mudando apenas no final, quando Ruth descobre a identidade de seu pai e fica perturbada pela verdade.
Achem o filme pra baixar e assistam logo pra ver se não estou certa em chegar causando! Rs.