Por Aline Fernanda
17 de maio é o Dia Mundial da Luta Contra a Homofobia, essa data foi escolhida pensando na mesma data, em 1990, quando homossexualidade saiu da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas (CID) da Organização Mundial de saúde (OMS), oficialmente declarada em 1992. Para quem não sabe CID é o caderno onde se encontram as siglas para doenças, por exemplo, A90 é dengue clássica, é uma forma dos médicos de apresentarem a doença da pessoa sem expor, só tem conhecimento quem tem acesso ao caderno/internet.
A data é comemorativa, mas mais do que isso deveria ser reflexiva. Parar para pensar quais os motivos que levam essas pessoas a lutar, sejam elas negras, homossexuais, portadora de deficiência, o fato é que esses pequenos detalhes não as fazem deixar de ser PESSOAS.
Infelizmente no mundo todo tem lugares onde o casamento entre pessoas do mesmo sexo ainda não é permitido, onde existem crimes por ódio, isso não é apenas problema do Brasil, mas sim um problema do mundo.
Antigamente uma pessoa com tatuagens era considerada um marginal, era um escândalo, hoje, as pessoas se cobrem de tatuagens, este deixou de ser um problema e é até ‘estranho’ quem opta por não ter um desenho na pele. Dizem que tatuagem não muda caráter (e não muda) então porque etnia ou orientação sexual mudaria?
O meu apelo (e o faço em nome do Cinemascope) é que ninguém é obrigado entender e acolher, as coisas seriam mais fáceis se apenas respeitássemos o próximo/outro por suas escolhas e fim. O conceito de é família pra uns, não serve para outros, o que é bonito para um, não é para outro, o que me dá tesão pode não dar para outro.
Os pré-conceitos existem para serem quebrados, e tudo é uma questão de exercício, vamos exercitar a empatia (enxergar as coisas na visão do outro) e quem sabe em um futuro próximo tenhamos um lugar melhor para todo mundo. É importante o olhar humano é o que nos falta hoje. Ninguém pensa como foi difícil para algumas pessoas se assumir, ou então como é difícil imaginar que nunca vai poder andar de mãos dadas e ser aceito, ou ainda pensar que não vai se casar (sim, tem pessoas que tem esses planos ainda hoje).
Pensando nisso, nós do Cinemascope fizemos um #5+1 especial em duas partes falando de alguns filmes que tocam na temática, que mostram como o mundo se apresenta para essas pessoas, ou abordam a luta por direitos para os homossexuais (Orações para Bobby, Milk, por exemplo).
Está na hora de respeitarmos para nos fazer respeitar, está na hora de cada um se aceitar como é e dar a liberdade de escolha, sem julgamento.
Espero que gostem do especial 😉