Por Diêgo Araújo
Lançado na última quinta-feira no Brasil, Lucy vem apresentando bom desempenho nas bilheterias. Mas isso não é exclusividade no nosso país e o resultado já era esperado. Apostando na ficção científica, com um enredo ousado e protagonizado pela Scarlett Johansson, o elevado faturamento era praticamente inevitável.
O filme defende a ideia de que utilizamos apenas 10% de nossa capacidade cerebral e com ela criamos tudo que possuímos atualmente em termos de tecnologia. Se um ser humano consegue ultrapassar esses limites impostos pelo cérebro, ele consegue não somente um nível de conhecimento mais elevado, como também passa a ter controle sobre fatores externos ao seu corpo. Essa possibilidade de manipular os fatores que o cercam cresce linearmente à medida que a capacidade cerebral se expande.
Mas afinal, nós realmente utilizamos apenas 10% de nossa capacidade cerebral? A resposta é NÃO. Portanto, antes de sair por aí disseminando informações equivocadas, a ciência explica que o dado é completamente falso. Se a afirmativa fosse verdadeira, microlesões cerebrais em diferentes regiões do cérebro não causariam danos tão graves e irreversíveis.
Nesse caso, quanto realmente utilizamos? De acordo com neurocientista e pesquisador do Hospital Sírio-Libanês, Erich Fonoff, “atribuir um percentual é leviano. Para isso, teríamos que saber o que são os 100%. Ainda não chegamos a esse nível”.
Especialistas dizem que o mito surgiu entre os defensores da paranormalidade, que disseminaram a ideia de que apenas aqueles que possuem o poder de levitação, ler mentes, entortar garfos, etc. possuem a capacidade de utilizar um volume maior de sua massa encefálica. Cabe destacar que o sistema nervoso é plástico e se for estimulado, aumenta seu o potencial colossalmente.
Veja o trailer do filme: