Por Diêgo Araújo

Quanto mais profunda e intensa a lembrança, maior o desejo de voltar no tempo e reviver momentos já passados. O curta A Casa de Pequenos Cubinhos evidencia essa situação com bastante verossimilhança ao nos apresentar a história de um senhor de idade avançada que reside em uma cidade costeira, onde o nível da água sobe constantemente e o obriga a erguer, tijolo a tijolo, a sua residência.

Produzido pelo japonês Kunio Kato, em 2008, o curta foi vencedor de dois prêmios, dentre eles um Oscar. A sensibilidade e leveza com que a animação foi criada, levando o seu personagem a imergir em um “oceano de recordações” que conforme se aprofunda o afoga com memórias cada vez mais fortes e distantes, nos faz pensar acerca da efemeridade da vida, que passa rapidamente, nos afastando ou tirando de nós as pessoas que amamos.

As animações, em sua maioria, são sempre bem-vindas e enriquecedoras e nesse caso não é diferente. Com uma produção delicada e uma trilha sonora nostálgica e cativante, A Casa de Pequenos Cubinhos é uma obra emocionante, única e de valor incalculável no universo dos curtas.

Veja o curta: