Por Rafael Ferreira

 

Quem é que nunca teve um amor não correspondido, ou um amor à distância que só podia ser saciado através da troca de cartas de amor? Felizmente hoje em dia, com o advento da tecnologia e das redes sociais, é possível contornar o problema e estar mais próximo daquela pessoa que se encontra há quilômetros de distância. Porém, esta não é a realidade de Ana (Malu Bierrenbach) com seus amores impossíveis.

Como já disse, Ana está vivendo um amor por correspondência, sem nem ao menos conhecer o rosto do correspondente. Recatada, Ana parece ter medo de relacionamentos reais, como sugere a cena em que ela é convidada para uma reuniãozinha, ou talvez tenha medo de se machucar ou… machucar alguém. Mas o acaso a conduz pelos fundos de um cinema pornô. Curiosa, ela decide ficar e assistir ao filme, e pela sua expressão, esta é a primeiríssima vez que ela vê algo assim, e o que ela vê na tela, não sairá de sua mente tão cedo, seus sonhos eróticos agora têm um rosto e um nome, Valdisnei (Nuno Leal Maia).

Ana decide dar o próximo passo e ir atrás do objeto de seu desejo. Após várias tentativas por telefone, tentando convencer o garanhão a se encontrar com ela e dar uma chance ao amor, ela finalmente cria o cenário perfeito para tê-lo em seus braços: chama-o para um teste de elenco para uma peça de teatro romântica, cujo escolhido terá o prazer de contracenar com a estonteante e bela Dolly Doll.

Sem querer entregar o desfecho dessa história, termino este texto pedindo para que não questione a lógica do amor, ou a lógica do filme.

Assista o Curta-metragem: 

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