Por Silas Mendes
Que Naomi Watts é uma grande atriz não restam dúvidas, mas não é preciso ver muitos minutos de gravações da própria Diana para notar leves diferenças em seus trejeitos e expressões. As diferenças, talvez, sejam pequenas para questionar a qualidade da interpretação de Naomi, mas causam um grande impacto no tom geral da película.
Soando muito menos reservada que a própria Diana, Naomi se apróxima de Diana em uma cena que recria a entrevista dada a BBC em 1995, em seus trejeitos e algumas expressões mas, apesar de seguirem o mesmo caminho, cada expressão passa uma sensação diferente, enquanto Diana soa melancólica e exausta, Naomi soa mais esperançosa.
O livro de Kate Snell, no qual o roteiro se baseia, é composto por declarações de amigos e conhecidos de Diana e do Dr. Khan, no filme interpratado por Naveen Andrews (sim, o Sayid de Lost) e o foco do material usado talvez seja o maior problema da adaptação.
Um roteiro pobre de conteúdo (considerando os inúmeros pontos de vista que se pudessem ser adotados), que acaba por garantir ao filme um ar de tablóide e novelesco, vazio e irrealista, mostrando uma Diana pouco interessante, mesmo levando-se em consideração Naomi Watts, o único ponto positivo do projeto, que acaba por não se fazer a altura de Lady Di.
Vazio e irrelevante, Diana não consegue ser salvo nem pelo talento de sua protagonista, devido ao roteiro fraco, cuja única boa qualidade é o tratamento dado a relação da Princesa de Gales com os paparazzi – que acaba por ser talvez o único ponto realmente dramático da trama.
Ano: 2013
Direção: Oliver Hirschbiegel.
Roteiro: Stephen Jeffreys.
Elenco principal: Naomi Watts, Naveen Andrews, Geraldine James.
Gênero: Biografia, Drama.
Nacionalidade: Reino Unido, França, Bélgica.
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