Eu nunca fui muito de comédias românticas – não sei, os estereótipos de relacionamentos perfeitos sempre me incomodaram um pouco (o príncipe encantado invadindo coletivas de imprensa ou organizando um flash mob para a amada, coisas do tipo). Todos, menos Bridget Jones (Renée Zellweger).
A personagem britânica reflete um pouco de cada uma de nós – uma mulher desastrada, que trava batalhas internas diariamente, tem problemas com o chefe e de quebra consome quantidades elevadas de nicotina, álcool e carboidratos (o que, vamos combinar, quebra as regras hollywoodianas de como uma “boa mulher” deve se portar). Ela é uma mulher real, e acreditem quando eu digo que quinze anos depois, Bridget está melhor do que nunca.
Superada a crise dos 30, a protagonista alcançou o sonho de muitas mulheres: um apartamento incrível no coração de Londres, um cargo elevado em um jornal televisivo, amizades sinceras e um corpinho de skinny jeans (sim, a guerra contra a balança finalmente teve fim!). Por outro lado, o relacionamento com Mark Darcy (Colin Firth) foi por água abaixo e Bridget bate na casa dos 40 cara a cara com seu maior inimigo: a solteirice.
Mesmo assim, ela está com tudo! Mais segura e empoderada que nunca, ela decide comemorar seu aniversário em um festival de música, onde conhece o charmoso matemático Jack (Patrick Dempsey). Na mesma semana, acontece um evento familiar que culmina no revival com Darcy. O problema é que, como indica o nome do filme, em uma das duas relações Bridget engravida fazendo surgir a dúvida: quem é o pai da criança?
Assim como seus precursores O bebê de Bridget Jones não é um filme que retrata a mulher como o sexo frágil e prova como até uma personalidade destratada pode dar conta da maternidade sem a ajuda de um homem, e dá gosto de ver! Entre alguns clichês eminentes da categoria, as risadas são garantidas quanto à relação que os três desenvolvem para garantir o melhor para Bridget e seu bebê – assim como a reação de todos ao seu redor.
O encontro com a personagem icônica de Renée Zellweger é, como sempre, uma delícia. Não é necessário ter os outros dois filmes frescos na cabeça para entender as sacadas do roteiro, mas não dá para negar que uma maratona de All by myseeeeelf de pijama com as amigas e um pote de sorvete é o melhor remédio para aqueles momentinhos gelados do fim de inverno.
O Bebê de Bridget Jones (Bridget Jones Baby)
Ano: 2016
Direção: Sharon Maguire
Roteiro: Helen Fielding, Emma Thompson, Dan Mazer
Elenco principal: Renée Zellweger, Colin Firth, Patrick Dempsey
Gênero: Comédia, Romance
Nacionalidade: Reino Unido, França, Irlanda, EUA
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