Crítica do filme Questão de Tempo

Por Fausto Fernandes

Quem nunca quis voltar no tempo e consertar algum erro? Reviver algum momento ou rever alguém especial? Tim Lake (Domhnall Gleeson), um jovem residente da costa de Cornwall, descobre que tem esse poder e, a partir daí, sua vida é guiada baseada nas segundas chances que ele se dá. Detalhe importante: Tim não pode mudar a história, mas pode refazer o que já foi feito.

Desengonçado, o objetivo do rapaz é encontrar um grande amor. Mesmo com o dom, a tarefa é mais difícil do que ele imagina. Para trabalhar como advogado, Tim muda-se para Londres e em uma noite conhece a doce Mary (Rachel McAdams) e para felicidade do herói, eles se apaixonam. Porém, por um descuido seu em uma viagem no tempo, os amantes se desencontram e daí Tim usa e abusa do poder para conquistar Mary de novo.

Já juntos, acompanhamos a evolução dos dois como casal, do primeiro encontro com os pais dela até o pedido de casamento, da cerimonia, até o nascimento do filho. Enfim, vemos a cumplicidade e amor dos dois. A montagem com os dois (ainda no começo do namoro) no metrô, para mostrar a aproximação deles com o passar do tempo é apaixonante.

Uma vez conquistado o amor, Tim utiliza da volta no tempo para ajudar no bem estar dos que o cercam. Ele tem uma relação de muito afeto com toda sua família, mas com o pai (Bill Nighy) ele nutre uma devoção e admiração. Quando todos são pegos de surpresa por uma fatalidade envolvendo o patriarca, Tim sofre por ser incapaz de transformar a história, mas volta no tempo para curtir os momentos bons ao lado do pai.

Fotografia linda, elenco afiado, roteiro bem estruturado e trilha sonora bacana (de The Killers a Amy Winehouse) fazem de Questão de Tempo um filme imperdível. Não tem como classificá-lo, ele acerta ao misturar comédia, drama, romance e ficção científica com muita criatividade e leveza. Uma delícia de filme e, que ao final, nos sentimos bem e com um sorriso no rosto.

Questão de Tempo (About Time)