Por Ana Lucinski
“Você deve estar muito desesperado para me pedir ajuda.” – Loki
Thor: O Mundo Sombrio superou minhas expectativas e foi consideravelmente muito melhor que o primeiro. A mudança de diretor foi sentida. Alan Taylor tem uma vasta experiência na TV com séries como Game of Thrones e Oz, possuindo uma “pegada” mais pop, diferentemente de Kenneth Branagh, que dirigiu o primeiro Thor e filmes como Operação Valquíria. A mudança foi favorável para o filme, não desmerecendo o trabalho de Branagh, mas Taylor se encaixou melhor.
Thor (Chris Hemsworth) está de volta, depois de dois anos desde sua primeira visita a Terra. Após destruir a Bifrost, a ponte que fazia conexão entre Asgard e os outros reinos, para deter seu irmão Loki (Tom Hiddleston), Thor teve de ir reino por reino restaurando a paz e o equilíbrio. Porém, um antigo inimigo de Asgard, o elfo negro Malekith (Christopher Eccleston), retorna de um sono profundo em busca de vingança. Malekith necessita de sua mais poderosa arma para recuperar todo seu poder e espalhar as trevas nos nove reinos, o Éter, que convenientemente acaba nas mãos de Jane Foster (Natalie Portman), a amada de Thor. Para derrotar Malekith, Thor precisa da inusitada ajuda de Loki, que tem seus motivos para ajudá-lo dessa vez.
O enredo podia ser bem mais aproveitado. Havia pontos que podiam ser explorados, como por exemplo, a rivalidade entre Jane e Sif, que não passou de um olhar torto. E também questões melhor explicadas. Porém, se todos os pontos deixados de lado fossem explorados, provavelmente teríamos umas 4 horas de filme. Como um todo, o roteiro ficou muito bom, bastante envolvente e com diálogos ótimos. Aqui, eu saliento o diálogo entre Thor e Loki quando estão andando juntos nos corredores de Asgard. Divertidíssimo!!! E temos o tempero comédia no toque certo, nos momentos certos e com os personagens certos. Ação, drama e comédia foram bem medidos na história.
Para quem reclamou da falta de ação no primeiro filme, bom, em Thor – O Mundo Sombrio isso é o que não falta. Houveram cenas lindíssimas, tanto do ponto de vista técnico quanto dramático. Para mim, em particular, a cena de luta entre Malekith e Frigga foi uma das melhores. É uma cena simples, sem nenhuma pirotecnia, mas os movimentos da batalha foram poéticos, belos. Visualmente me agradou muito. Isso que não é uma cena longa.
E não posso deixar de declarar meu amor a Loki. O personagem está ainda melhor que nos outros filmes, mostrando faces que não foram antes reveladas. Seus momentos em Asgard com Thor são divertidíssimos e deixam nossos olhos grudados na tela. Tom Hiddleston é de fato um ator incrível, simplesmente apaixonada por sua interpretação de Loki. E um conselho a quem for assistir: com Loki, nada é o que parece.
O filme como um todo é um belo espetáculo. A história é cativante, prende sua atenção e foi trabalhada de uma forma que, tanto os fãs quanto quem não é fã dos quadrinhos vai gostar. Os cenários e figurinos, principalmente de Asgard, são lindos e super bem trabalhados. Sou suspeita para falar, pois sem dúvidas, sai querendo assistir de novo.
Ah! Tem dois extras no final! Um antes dos créditos que, se você é fã e conhece o universo Marvel, simplesmente ASSISTA! E um depois de todos os créditos que não vai mudar muito a sua vida, mas vale a pena também.
Thor – O Mundo Sombrio (Thor – The Dark World)
Ano: 2013.
Direção: Alan Taylor.
Roteiro: Christopher Markus, Christopher Yost, Stephen McFeely.
Elenco principal: Anthony Hopkins, Chris Hemsworth, , Idris Elba, Natalie Portman, Stellan Skarsgård, Tom Hiddleston.
Gênero: Ação
Nacionalidade: EUA.
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