Salut a tous! Ça va?
Este texto não será no idioma do amor, mas essa notícia é e tem até cheiro de croissant.
O Festival Varilux de Cinema Francês chega novamente ao Brasil para acalentar nossos corações sedentos pela língua francesa no cinema. Em 2019, o festival chega ao seu 19º ano de vida e alcança um milhão de espectadores, espalhados por todo o país. Saltou, em 2010, de nove para 88 cidades em 2018, com exibições em 118 salas.
Não é segredo que a indústria cinematográfica francesa tem uma força enorme e um investimento de nos dar inveja, por este motivo, é louvável que tenhamos um festival diverso, prestigioso e em crescimento sobre um cinema de revolução, um cinema que foge ao circuito blockbuster e nos dá oportunidade de conhecer novas culturas.
É importante a existência de festivais que nos possibilitem a apreciação do cinema nas salas de cinema, nas poltronas de cinema, cercados de pessoas unidas por uma mesma ideia, sensação e paixão. Os curadores buscam sempre e cada vez mais preservar a expressão artística inventiva, o cinema enquanto território de construção coletiva, mundial e ubíquo.
Querendo servir-se um pouco desta revolução e de uma certa resistência artística, o Festival aproveita que em 2019 comemoramos o 230º aniversário da Revolução Francesa e promove uma homenagem a ela, com A Revolução em Paris, de Pierre Schoeller.
Também este ano, o clássico Cyrano de Bergerac de Jean-Paul Rappeneau, baseado na comédia heróica de Edmond de Rostand, completa 30 anos e foi homenageado com o filme Cyrano mon amour de Alexis Michalik. O Festival ainda traz uma novidade este ano: sessão ao ar livre de o O Chamado do Lobo, de Antonin Baudry. A exibição será no Rio de Janeiro, dia 9, às 18:30, na Capitania dos Portos. As senhas devem ser retiradas no local uma hora antes ou mediante inscrição neste link até o dia 8 de junho.
François Ozon está no Festival com o seu Graças a Deus, um olhar sobre abuso e homens fragilizados, ganhador do Urso de Prata em Berlim.
Também com esta temática, o Festival traz Inocência Roubada, relato sobre a resiliência de uma mulher cuja infância foi traumatizada pelo estupro – a diretora, atriz e dançarina Andréa Bescond, de quem se trata a história, esteve no Brasil para apresentar o filme.
Além das exibições, a programação se completa com debates com os integrantes da delegação (atores e cineastas), ações e sessões educativas e com o laboratório franco-brasileiro de roteiros, sob a coordenação de François Sauvagnargues.
Confira a programação aqui.
Vivre la France!
Vivre Varda!
Vivre la Revolución!
Et vivre le cinéma français!