Ao contrário do que alguns dizem, o cinema brasileiro resiste – e muito! A 70ª edição do Festival Internacional de Filmes de Berlim, que começou no último dia 20, não somente tem longa nacional concorrendo ao principal prêmio, o Urso de Ouro, como tem brasileiro no júri. Kléber Mendonça Filho, diretor de obras como Aquarius e Bacurau, faz parte do time presidido pelo ator britânico Jeremy Irons. A Berlinale termina no dia 1º de março.

São 18 produções na disputa pelo Urso e, entre eles, está Todos Os Mortos, de Marco Dutra e Caetano Gotardo. O longa narra a história de uma mulher negra e suas duas filhas e se passa em um Brasil após o fim da escravidão e da Proclamação da Repúplica. Entre os destaques na concorrência estão The Woman Who Ran, do sul-coreano Hong Sang-soo, Siberia, de Abel Ferrara, e First Cow, de Kelly Reichardt.

A participação brasileira no Festival de Berlim 2020, no entanto, não se limita à premiação principal. Na mostra Panorama, serão exibidos os longas Cidade Pássaro, produção franco-brasileira dirigida por Matias Mariana, Vento Seco, de Daniel Nolasco,  Nardjes A., de Karim Aïnouz, O Reflexo do Lago, de Fernando Segtowick e Un crimen común, coprodução entre Argentina, Brasil e Suíça, do argentino Francisco Márquez.

Já na Fórum, estão presentes Luz nos Trópicos, de Paula Gaitán, Vil Má, de Gustavo Vinagre, Chico Ventana también quisiera tener un submarino, esse, uma coprodução entre Uruguai, Argentina, Brasil, Holanda e Filipinas, dirigida pelo uruguaio Alex Piperno. Em Forum Expanded temos Apiyemiyeki?, de Ana Vaz, Jogos Dirigidos, de Jonathas de Andrade, e Vaga Carne, de Grace Panô e Ricardo Alves Jr.

Temos também diretoras brasileiras representando (e muito bem) o cinema nacional no Festival de Berlim 2020. Em Curtas com Rã, de Julia Zakic e Ana Flávia Cavalcanti, no segmento Encounters com Los Conductos, de Camila Restrepo, e no segmento Generation 14plus com Meu Nome é Bagdá, de Caru Alves de Souza, e Luciana Mazeto, em parceria com Vinícius Lopes, por Irmã. Ainda participa deste último o longa Alice Jr, de Gil Baroni.

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