Da redação

A Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine), o Canal Brasil e a Editora Letramento lançam o livro “100 Melhores Filmes Brasileiros” durante o 44º Festival de Cinema de Gramado. Em formato de livro de arte e fartamente ilustrada, a publicação reúne textos dos mais importantes críticos e estudiosos de cinema em atividade sobre os filmes que mais se destacaram na história de nossa cinematografia, sem distinção de período, gênero ou metragem. A lista dos 100 é resultado de uma votação promovida pela própria Abraccine. O lançamento será no dia 1º de setembro, às 16h, na sede do Sociedade Recreio Gramadense.

São 100 autores, entre associados da entidade criada em 2011 e convidados, que buscaram um viés ensaístico, resultando em análises que certamente se tornarão referência no estudo dos filmes selecionados. O arco é amplo e parte de Limite, a mais antiga produção presente na lista, lançada em 1931 com direção de Mario Peixoto e analisado por Enéas de Souza, até chegar a produções recentes como Que Horas Ela Volta?, de Anna Muylaert, aqui analisado por Adriana Androvandi.

Ainda entre os que têm suas obras analisadas no livro estão diretores que fizeram história no cinema brasileiro, como Glauber Rocha, Leon Hirszman, Nelson Pereira dos Santos, Eduardo Coutinho, Paulo Cezar Saraceni, Rogério Sganzerla, Anselmo Duarte, Joaquim Pedro de Andrade, Luiz Sergio Person e Carlos Reichenbach. Os 100 selecionados também abraçam produções recentes, como Cidade de Deus, Central do Brasil, Tropa de Elite, O Céu de Suely, Bicho de Sete Cabeças, Carandiru, Cinema, Aspirina e Urubus, Tatuagem, Amarelo Manga e O Palhaço.

Programação especial no Canal Brasil exibe 20 dos 100 filmes

Entre as comemorações do Canal Brasil, que completa 18 anos em setembro de 2016, está prevista uma mostra que vai ao ar a partir do dia 12/09, sempre à meia-noite e quinze, com vinte dos cem filmes alocados no livro. Na seleção, estão produções como O Pagador de Promessas(1962), de Anselmo Duarte; O Auto da Compadecida (1999), de Guel Arraes; “O Bandido da Luz Vermelha” (1968), de Rogério Sganzerla, e “Pixote, a Lei do Mais Fraco” (1981), de Hector Babenco, entre outros.