Lembro que na época do lançamento do filme Ted (2012), uma notícia falando que uma mãe, ou um pai, não lembro ao certo, levou o filho para assistir ao filme acreditando que se tratava de uma produção “fofinha” para crianças. Teve uma bela surpresa quando algumas cenas, digamos, diferentes começaram a surgir na tela. Pensando bem, eu nem culpo muito essa pessoa por que já passei por vergonha parecida. Algumas vezes, no tempo em que ainda existiam videolocadoras, já peguei filmes que estavam sendo bem comentados pela crítica e esquecia de ler as letras miúdas na parte de trás do DVD que dizia quais tipos de cenas tinha. Chegava em casa, chamava a família para ver e surgia uma bela cena de coito bem no meio. Minha cara ia lá no chão. Lembro que aconteceu isso quando fui assistir Missão Madrinha de Casamento (2011) que logo de cara, tem uma cena cabulosa de sexo. É bom que já passei vergonha logo no começo já resolveu o problema.
Agora, surge uma nova produção que parece reunir um pouco desses dois momentos de vergonha: Crimes em Happytime (2018). No filme, temos o universo em que humanos dividem espaço com seres de pelúcia. Quando começam a ocorrer crimes pela cidade, uma dupla de detetives é recrutada para solucionar o caso. Uma é Melissa McCarthy, que ficou famosa principalmente por Missão Madrinha de Casamento.
O filme é claramente baseado no universo Vila Sésamo / Muppets que fazem sucesso desde muito tempo, tanto no cinema quanto na televisão. Eu sempre gostei do tipo do humor desses universo. Nos últimos filmes lançados dos Muppets, por exemplo, tinha diversas piadas que claramente não era direcionado ao público infantil. Aquele humor que não é ofensivo para as crianças, mas só nós, mais crescidinhos, conseguimos entender. Me despertou a curiosidade de como vai funcionar isso numa produção em que está liberado falar palavrão e tudo mais. Além disso, ter um universo que humanos e fantoches vivem juntos dá uma licença poética maior para ousar na trama e nas cenas. Já quero!