Por Cleiton Lopes
Descobri o livro “O Apanhador no Campo de Centeio” quando pesquisava sobre John Lennon. E, uma das razões que teriam levado Mark David Chapman a atirar no cantor, tinha sido o livro. Tanto que depois de disparar, o assassino sentou a calçada e ficou lendo o livro até que a polícia chegasse.
Essa semana saiu o trailer do filme Rebel in the Rye, que conta a história de como o escritor J. D. Salinger concebeu a obra. A publicação conta a história de Holden Calfield, um menino rebelde recentemente expulso da sua escola, em seu trajeto para casa. No caminho, ele expressa sua visão pessimista de mundo e chama os adultos de falsos, phony, em inglês.
Lançada na década de 1950, teve grande sucesso. Inclusive, foi influente no surgimento da contracultura na década de 1960, onde a visão rebelde do garoto tinha relação com a vontade de conseguir um mundo novo. Mas, ao mesmo tempo, foi influência para outras tentativas de assassinato.
Como o próprio escritor não autorizou que o livro fosse adaptado para o cinema, as produções audiovisuais giram em torno na figura do escritor, que, nos últimos anos de sua vida, se tornou um recluso. Como o documentário Memórias de Salinger (2013).
Eu, como fã do livro, (não, não quero assassinar ninguém) me interessei bastante no trailer. Ele já aponta para diversas referências surgindo como inspiração para Salinger, aqui interpretado por Nicholas Hoult, criar a obra. Como o carrossel, que é um símbolo importante no livro. A expectativa já fica tão grande quanto o livro. Agora é esperar para ver (literalmente).