A Academia Brasileira de Cinema (ABC) anunciou na manhã desta terça-feira (27) que o longa-metragem A Vida Invisível será o representante do Brasil na disputa do Oscar de Melhor Filme Internacional no Oscar 2020. Baseado no livro A Vida Invisível de Eurídice Gusmão, de Martha Batalha, o filme dirigido por Karim Aïnouz (Praia do Futuro) venceu a amostra Um Certo Olhar do Festival de Cannes de 2019 e chega forte na briga pela premiação.

O anúncio foi realizado durante coletiva de imprensa em São Paulo apresentada pela diretora Anna Muylaert (Que Horas Ela Volta?), que também preside a comissão especial da ABC responsável pela escolha do filme. Os outros integrantes são os diretores David Shürmann, Walter Carvalho e Zelito Viana; a diretora do Festival do Rio, Ilda Santiago; o roteirista Mikael de Albuquerque; as produtoras Sara Silveira e Vânia Catani; e o crítico Amir Labaki.

Em votação apertada, A Vida Invisível desbancou Bacurau, de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, por cinco votos a quatro. Assim como o filme de Karim Aïnouz, Bacurau também foi premiado em Cannes, vencendo o Prêmio do Júri, e era considerado um dos grandes favoritos à indicação para representar o Brasil na disputa.

Na trama de “A Vida Invisível”, a talentosa e tímida Eurídice (Carol Duarte) vive com sua mais velha e temperamental irmã Guida (Julia Stockler) no Rio de Janeiro dos anos 1950. Amigas em uma casa sob um rígido regime patriarcal, as duas se separam quando Guida decide fugir de casa com o namorado. A fuga de uma das integrantes da família Gusmão abala a vida de todos os envolvidos e tem consequências que somente serão mensuradas anos a frente. O elenco da produção tem ainda Fernanda Montenegro, Gregório Duvivier e Marcio Vito. O filme estreia nos cinemas nordestinos em 19 de setembro e no resto do país em 31 de outubro.

A lista dos filmes indicados ao Oscar de Melhor Filme Internacional será divulgada pela Academia de Ciências e Artes Cinematográficas de Hollywood em 13 de janeiro de 2020. O Brasil não recebe uma nomeação nesta categoria (antigamente chamada de Melhor Filme de Língua Estrangeira) desde Central do Brasil (1999), mas A Vida Invisível  tem diversos fatores que podem fazer o filme ser um dos selecionados.

Além do importante prêmio em Cannes, o filme é produzido pela RT Features (do brasileiro Rodrigo Teixeira, responsável por Me Chame Pelo Seu Nome) e teve seus direitos de distribuição nos Estados Unidos comprado pela Amazon Studios, o que aumenta significativamente a exposição do filme tanto no circuito exibidor como em campanhas de divulgação. Por fim, os créditos de A Vida Invisível têm ainda a internacionalmente aclamada Fernanda Montenegro, que aumenta o peso de qualquer produção que esteja envolvida.

Navegue por nossos conteúdos

CONECTE-SE COM O CINEMASCOPE

Gostou desse conteúdo? Compartilhe com seus amigos que amam cinema. Aproveite e siga-nos no Facebook, Instagram, YouTube, Twitter e Spotify.