Da redação

O longa-metragem horror Mar Negro de Rodrigo Aragão entrará em cartaz nos cinemas brasileiros no dia 27 de dezembro. O diretor Aragão e a produtora Mayra Alarcón acabam de fechar o acordo com a distribuidora Petrini Filmes para o lançamento do filme. O filme será lançado com algumas semanas de antecedência exclusivamente no estado do Espírito Santo, onde o longa foi rodado e onde a Fábulas Negras, produtora do filme, tem sede.Mar Negro atualmente está realizando sua campanha de festivais nacionais e internacionais. O filme atualmente está em competição no Festival Do Rio, na seção Novos Rumos, onde colheu muitos aplausos. Foi exibido no FantasPoa e no Indie 2013, além de integrar a programação da Mostra Kinoarte de Londrina. Está na seleção oficial do prestigiado festival espanhol SITGES e no Festival Mórbido do México. Além disso, acabou de ser anunciada sua presença no Vitória Cine e Video, onde será o primeiro longa-metragem a competir oficialmente na história do Festival.

“Mar Negro está derrubando as barreiras do cinema do gênero no Brasil: ver o filme de Rodrigo Aragão integrando a programação de festivais conhecidos pelo seu rigor só demostra que o Brasil também tem espaço para cinema de gênero. Está na hora de colocar de lado a definição “cinema trash”, coisa que não condiz absolutamente ao cinema de Rodrigo Aragão. Mar Negro é Cinema”, diz Raffaele Petrini, diretor executivo da Petrini Filmes.

Mar Negro encerra a trilogia eco-terror e impulsiona a produção de gênero no país. O diretor nasceu numa aldeia de pescadores e o sofrimento com a poluição sistemática do meio ambiente foi o gancho para a criação de um universo mítico povoado de monstros e zumbis, que glorificam o terror tropical numa explosão de luz, cor e fantasia.Desde Mangue Negro (2008) assistimos ao desfile de personagens que se proliferam contaminando a exuberância do manguezal; em A noite do Chupacabras (2011), montanhas e cachoeiras; e agora, eles chegam à praia. Quando a estranha mancha negra se aproxima do litoral trazendo morte e destruição para a vila de pescadores − Perocão/ES. Numa referência ao colapso ambiental que a sociedade vive atualmente.

A contaminação que transforma pessoas em zumbi ou chupacabras; peixes e crustáceos em monstro marinho está fora de controle. Banhados no sangue ou tecidos pelo misticismo, as criaturas avançam. Infectando tudo que encontram pelo caminho: baiacu, sereia, arraia, caranguejo, gaivota, rede de pesca e o pescador. Segundo o diretor − uma metáfora para mostrar através deste universo fantástico que o futuro está se tornando cada vez mais negro.

Rodrigo Aragão, conhecido pela excelência dos Efeitos Especiais em Maquiagem e mecatrônicos, vem se estabelecendo referência, nos mais de 20 anos de experiência com o terror. Mar Negro é considerado o trabalho mais ambicioso, e tecnicamente maduro, com chances reais de entrar para o circuito oficial de exibição e distribuição. Principalmente no mercado internacional, pois os dois primeiros filmes têm distribuição em Alemanha, Bélgica, Holanda e Japão.

O projeto recebeu contribuições de várias personalidades do cinema independente. Todos empenhados na causa: visibilidade mundial para o terror brasileiro. Com voluntários de diferentes áreas e lugares – Alemanha, Aracaju, Costa Rica, Espírito Santo, México, Nova Zelândia, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo, o Mar Negro nasce para o reconhecimento da produção latino americana de gênero.