Fotos e texto por Felipe Teixeira

Assim como durante a divulgação de O Lado Oculto da Lua (2011), a Paramount trouxe para o Rio de Janeiro parte da equipe do mais novo filme da franquia: Transformers – A Era da Extinção. O diretor Michael Bay, o produtor Lorenzo di Bonaventura e os atores Jack Reynor e Nicola Peltz participaram de uma pré-estreia no Cinépolis Lagoon, na quarta-feira (16), onde posaram para fotos e encontraram com centenas de empolgados fãs que compareceram ao local. No dia seguinte, quinta-feira (17), eles falaram em uma coletiva de imprensa realizada no Copacabana Palace. Muito simpáticos, Bay, Reynor, Peltz e Bonaventura responderam perguntas sobre as críticas que o filme vem recebendo, futuros projetos e uma possível destruição do Brasil em um próximo Transformers.

Apesar das recorrentes críticas negativas sobre a maioria de seus filmes (A Era da Extinção tem somente 17% de aprovação no Rotten Tomatoes, site que mede a avaliação da crítica especializada), o diretor Michael Bay afirmou com bom humor que seus projetos são feitos para entreter as pessoas e que acredita estar fazendo a coisa certa. Claramente acostumado a perguntas relacionadas a isso, o estadunidense de 49 anos declarou de forma irônica: “Nunca ouvi falar de críticas e não ligo pra elas”. O diretor ainda ressaltou que o filme, cuja produção envolveu mais de quatro mil pessoas, estreou mundialmente há apenas duas semanas e já é o mais rentável de 2014, com mais de 750 milhões de dólares arrecadados (U$262 mi somente na China) e rumo à barreira do um bilhão.

Para o irlandês Jack Reynor, que interpreta Shane Dyson, um dos maiores méritos do filme é ser cativante e prender o público durante as mais de duas horas de exibição. Ele, o protagonista Mark Whalberg (que não veio ao Brasil por já estar participando de outros projetos) e a elegante Nicola Peltz, vista recentemente na ótima série Bates Motel, formam o novo elenco principal da franquia. “Foi uma experiência muito divertida o tempo inteiro. Eu realmente acreditava que trabalharia muito mais com o uso da tela verde, mas fizemos muitas das cenas de ação sem ela. Quando Michael nos disse qual seria o tamanho de Optimus Prime e para que altura que devíamos olhar no set, fiquei impressionada”, disse a loira de apenas 19 anos. Segundo Bay, os dois jovens atores concorreram com mais de 500 pessoas para o papel.

Também bastante descontraído, o produtor Lorenzo di Bonaventura comentou sobre a escolha da China como locação para as filmagens. Ele disse que o local favorecia o estilo de filmagem de Bay, e que a China providenciou as condições necessárias para as gravações. “Precisamos interditar ruas inteiras, bloquear fluxos de pessoas, por isso não foi uma coisa fácil”, comentou. Bay complementou afirmando que sempre gostou de Hong Kong e que o interessante é filmar em lugares únicos: “Nova York já foi destruída muitas vezes, queria um local diferente e por isso fui até a China”. Os dois ainda disseram que adorariam fazer algo aqui no Brasil, mas que isso dependia de muitos fatores. “A cidade tem tantos lugares bonitos, como saberíamos quais destruir?”, brincou o diretor.

Bay e Bonaventura também falaram bastante sobre a tecnologia utilizada no longa-metragem. Segundo o diretor, eles e sua equipe usaram mais efeitos visuais nos últimos filmes porque a tecnologia os permite expandir seu uso, e lembra que no primeiro Transformers não tinham orçamento para tantos efeitos como atualmente. “O importante é sempre tentar ficar melhor e apresentar os robôs cada vez mais próximos da realidade”, disse o diretor.  Segundo ele, o uso das câmeras IMAX e do 3D dificultaram ainda mais a gravação de cenas, mas também foram um avanço importante na parte técnica.

Em um dos momentos mais sérios da coletiva, o diretor relembrou uma pergunta que lhe foi feita em uma entrevista há pouco tempo: “Uma jornalista me perguntou se eu não me interessaria em fazer um filme de arte. Eu respondi para ela perguntando se ela tinha visto um boneco gigante do Bublebee que estava atrás de mim naquela hora. ‘Sabe quantas pessoas se dedicam para fazê-lo ficar desta forma? Isto aqui pra mim também é arte’”, comentou.  Ao fim da conferência, Bay disse ainda que não sabe se volta para um próximo filme da franquia e que agora ele só quer descansar: “Vocês não fazem ideia de como é cansativo fazer um filme deste e de quão perto nós ficamos de não conseguirmos entregá-lo a tempo”.

Confira algumas imagens da coletiva e da pré-estreia:

Cinemascope - Coletiva Transformers A era da Extinção1

Diretor Michael Bay na pré-estreia no Cinépolis Lagoon

Cinemascope - Coletiva Transformers A era da Extinção2

Nicola Peltz participa de coletiva no Copacabana Palace

Cinemascope - Coletiva Transformers A era da Extinção3

Os atores Jack Reynor e Nicola Peltz em coletiva de imprensa no Copacabana Palace

Cinemascope - Coletiva Transformers A era da Extinção4

O diretor Michael Bay, o produtor Lorenzo di Bonaventura e os atores Jack Reynor e Nicola Peltz no Copacabana Palace