Autor: Domitila Gonzalez

Sobre

Domitila Gonzalez

Domitila Gonzalez é jornalista, redatora, revisora, atriz, locutora y otras cositas más. Escreve para o Cinemascope aqui e ali desde 2010. Divide seu tempo entre miscelâneas da infância e clássicos do cinema mundial. Em parceria com o TeleCine, produziu o especial sobre o cineasta Federico Fellini, que você pode conferir na aba "Especiais". - Não me leve a sério: eu uso meia de bolinhas.

Moonrise Kingdom

Por Domitila Gonzalez Moonrise Kingdom precisa ser visto com a delicadeza que merece ser analisado um filme de Wes Anderson. Sim, porque à primeira vista, pode parecer não passar de mais um longa-metragem alternativo sobre dois adolescentes que descobrem o amor e a sexualidade. Com um enredo peculiar e escolhas precisas de posicionamento de câmera, tons e cores de objetos de cena e de planos que parecem ter sido milimetricamente preparados para a ação, o diretor conduz o espectador a uma sensação de carinho. Os personagens são cativantes, embora simples. Na verdade, toda preocupação excessiva que Anderson e Coppola...

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Polissia

Por Domitila Gonzalez Por vários motivos, adiei a crítica de Polissia. Por uma questão de agenda minha, de data de estreia adiada e por não ter muita coisa falando sobre ele na imprensa brasileira. Eu não sabia o que pensar e a ideia de criticar um filme começando do zero me deixa um pouco aflita. Até o começo dessa semana, não havia ouvido falar da diretora e roteirista Maïwenn e muito menos de seu último filme, Le Bal des Actrices (2009). Mas como as últimas críticas que fiz para o site foram de longas franceses, resolvi dar uma chance ao...

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Elles

Por Domitila Gonzalez Não tem como pensar em cinema europeu sem pensar em cinema francês. E não tem como pensar em cinema francês sem pensar em Juliette Binoche, atriz mais do que consagrada, presente em filmes como O Paciente Inglês (Anthony Minghella; 1996), Chocolate (Lasse Hallström; 2000), Cópia Fiel (Abbas Kiarostami; 2010) e a impecável Trilogia das Cores (Krzysztof Kieslowksi; 1993 e 1994). Binoche tem como marca a naturalidade na interpretação de seus papéis, bem como a intensidade no olhar e grande presença em cena. Tudo isso aparece e ganha destaque em Elles, produção franco-polonesa na qual, sob a...

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A Dama de Ferro

Por Domitila Gonzalez Pensar em começar um texto falando sobre A Dama de Ferro é pensar em escolhas. Todo tipo de escolhas. A da produção britânica em contratar uma atriz norte-americana para o papel principal; a da roteirista Abi Morgan em deixar bem claro que a função de mãe designada por Thatcher se deslocou para a pátria, em detrimento aos seus descendentes; as da própria Margaret, que mergulhou na política e levantou opiniões controversas sobre seu pensamento forte e modo de gerir uma nação. Sempre que ouço falar de um lançamento britânico, minha reação é a de ansiedade por...

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O Artista

Por Domitila Gonzalez Numa época em que os sentidos estão saturados de informações e a produção cinematográfica está sempre nos apresentando e apostando em novidades sensoriais, como filmes 3D e animações 4D em museus e parques no exterior, somos surpreendidos por algumas pérolas que nos fazem acreditar que ainda é possível fazer cinema-arte. Evoluir não necessariamente significa negar o pensamento anterior. Vivemos décadas inconscientemente admirando sucessos tecnológicos que nos levam cada vez mais fundo na experiência de ir ao cinema. Acompanhamos o desenvolvimento da arte da filmagem, e quando paramos para pensar, passamos de Nosferatu (Murnau, 1922) a Avatar...

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