Autor: Thaís Lourenço

Sobre

Thaís Lourenço

Historiadora e capricorniana. Ama filme francês, os efeitos de Méliès, o pioneirismo feminino, as cores de Almodóvar, as viagens de Miyazaki e a imaginação surrealista.

Dear Basketball

As cartas de amor podem surgir de diferentes formas, algumas mais tradicionais, feitas à mão no papel de carta perfumado, algumas em formato de textão de WhatsApp, e outras vêm em forma de animação, feita apenas com lápis de escrever e de cor, ao melhor estilo escolar nostálgico. Fato é que, independente da forma, o conteúdo e a intenção tendem a permanecer inalterados. Dear Basketball, indicado ao Oscar de Melhor Curta-Metragem de Animação deste ano, é uma emocionante carta de amor e de despedida de Kobe Bryant do basquete, o amor da sua vida desde que tinha 6 anos de...

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Garden Party

Animações nem sempre são para crianças, às vezes elas vêm como um soco no estômago e nos causam incômodo e confusão. Utilizando ferramentas da animação, os animadores e roteiristas, por vezes, conseguem demonstrar mais gráfica e facilmente o que por outros meios seria muito mais complexo. Subvertendo a fórmula fabulesca de amor ao estilo Disney-Pixar em um conto sobre uma realidade sangrenta e doentia, Garden Party consegue escancarar o que de mais podre existe por trás do luxo. Esse curta-metragem é daqueles que apresentam uma história com múltiplas camadas, onde nada é o que parece à primeira vista. Sapinhos...

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Lou

Escrever sobre um curta-metragem de animação não é lá uma tarefa muito fácil. Como se critica um filme de 5 minutos? Neste tipo de produção, os diretores, produtores, animadores e toda a equipe por trás da empreitada, têm a missão de emocionar, cativar, prender ou até questionar em um tempo bem curto. Parece impossível. Não para a Pixar. Lou te baixa a guarda com uma facilidade surreal, a Pixar (rainha em despertar todos os tipos de sensações) cumpre mais uma vez e com maestria seu trabalho. Estão sempre em busca – sorte a nossa – de nos provar que...

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Uma Mulher Fantástica

Discutir e pensar gênero é sempre uma tarefa que requer acima de tudo empatia, não há dificuldade – ou pelo menos, não deveria haver – em entender o outro e se encontrar na alteridade. Pensando nisso, o cinema vem cada vez mais (ainda bem) colocando em pauta as diferentes vivências, personalidades, individualidades para conseguir ainda que a passos lentos, dar visibilidade à causa LGBT. O cinema de gênero não é grande o bastante para abordar a miríade de histórias que os indivíduos pertencentes desse grupo podem e devem contar. Estamos em uma fase em que vemos serem produzidos conteúdos...

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O Rei do Show

A primeira vez que assisti La La Land, me emocionei e fiquei surpresa com a construção de um musical que pra variar, não era de todo ruim ⎯ essa minha impressão foi mudando conforme revia e refletia sobre ele. Parece que Hollywood gostou do resultado e agora entra numa nova leva de musicais, mais modernos e coloridos. O Rei do Show contou com os mesmos compositores de La La Land, um possível chamariz para os simpatizantes do filme queridinho (quase ganhador) do Oscar. Seria ótimo, se não fosse entediante. Hugh Jackman interpreta P. T. Barnum, famoso showman, pioneiro do...

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