Depois de ser um sucesso inesperado e, em seguida, uma das reviravoltas mais lembradas na história do cinema e da cultura pop, chega ao fim a trilogia clássica com Star Wars: O Retorno do Jedi (1983). Mais uma vez, George Lucas deixa a direção, que fica por conta de Richard Marquand. O título original do filme seria A Vingança de Jedi, porém Lucas resolveu mudar pouco antes do lançamento pois concluiu que um verdadeiro Jedi nunca se vingaria. O nome seria reaproveitado anos depois com Star Wars: Episódio III – A Vingança dos Sith (2005).

Aqui, temos uma nova Estrela da Morte sendo construída pelo Imperador (Ian McDiarmid) que supervisiona o projeto pessoalmente. Enquanto isso, depois de ser congelado em Carbonita, Han Solo (Harrison Ford) está como objeto de decoração no covil de Jaba, o pior bandido das Galáxias. Ao mesmo tempo, para se tornar um guerreiro Jedi de fato, Luke (Mark Hamill) precisa destruir Darth Vader que ainda pretende levá-lo para o lado negro da Força. Mas esse encontro promete grandes surpresas para os dois lados.

Alec Guinness, Mark Hamill e o diretor Richard Marquand no set de Star Wars: O Retorno do Jedi.

Dos três filmes originais, esse talvez seja o episódio menos interessante. Uma Nova Esperança abriu um espaço que até então eram tidos como quase impossível. Tanto de técnicas cinematográficas quanto de um público inexplorado. Ao descobrirmos que Luke e Vader eram, na verdade, pai e filho, O Império Contra-Ataca pegou todo mundo de surpresa e entrou para a história como um dos momentos mais icônicos do cinema. Portanto, Star Wars: O Retorno do Jedi sofreu por essas comparações com seus episódios anteriores. Aqui temos uma conclusão digna para os eventos. Luke tem seu último desafio como guerreiro Jedi: enfrentar a figura mais odiada e temida da galáxia, que é seu próprio pai. O romance entre Han e Leia engata de vez e as forças rebeldes têm as últimas chances de derrotar o Império de uma vez por todas.

Star Wars: O Retorno do Jedi

Luke em Star Wars: O Retorno de Jedi

As últimas palavras de Yoda para Luke e o confronto do aprendiz de Jedi com seu pai na estrela da morte, sob os olhos do Imperador, trazem as grandes mensagens do universo Star Wars. A linha entre os dois lados da força é muito tênue. Basta apenas um pequeno empurrão para que um Jedi se torne um Sith. A raiva é O principal motor dessa mudança e até uma boa intenção, como foi no caso de Anakin ao tentar salvar sua esposa, pode ser a porta de entrada para o lado negro.

Ainda sobre esse momento, a missão de Luke ao ir em direção ao seu pai era de destruí-lo. Esse seria o único caminho para livrar a galáxia de sua maldade. Obi-Wan tentou sem sucesso em A Vingança dos Sith, e caberia agora ao seu filho cumprir essa missão. Porém, Luke conseguiu sentir que ainda existia um lado bom em seu pai e que os dois lados estavam em pleno conflito dentro dele. Isso faz com que Vader não morra pelas mãos do jovem, mas pelo próprio imperador, quando este tenta impedi-lo de assassinar Luke. A tarefa de eliminar o próprio pai só foi alcançada anos depois pelo sobrinho de Luke, Kylo Ren (Adam Driver) em Star Wars: Episódio VII – O Despertar da Força (2015). Essa é uma das razões pelas quais acho Kylo um dos personagens mais interessantes dessa última trilogia.

Star Wars: O Retorno do Jedi

Ewok fofinho em Star Wars: O Retorno de Jedi.

Apesar dos filmes anteriores contarem com elementos voltados para o público infantil, esse foi o que teve esse ponto mais presente. Principalmente pela presença dos Ewoks fofinhos. Eu e muitos fãs, acha uma participação questionável, mas que funciona. Originalmente seriam Wookiees, espécie do Chewbacca, a habitar o planeta. Mas, como Chewie acabou sendo um personagem importante, a direção trocou os tribais por seres menores mas igualmente peludos. Mesmo assim, é um desfecho digno com o fim da saga de Anakin e o triunfo de Luke.

Aqui temos mais conflitos familiares. Ao voltar ao planeta de Yoda para concluir seu treinamento, Luke pede ao mestre que confirme se Vader é realmente seu pai. George Lucas revelou que um psicólogo infantil lhe explicou que caso não houvesse a confirmação dessa informação, crianças menores de 12 anos concluiriam que o vilão estava mentindo. Além disso, nessa cena Yoda conta a Luke que existe mais um e esse alguém era Leia, sua irmã gêmea. Os dois foram separados logo após o nascimento no final de A Vingança dos Sith para que tivessem mais segurança longe do alcance de Vader e do Imperador.

Star Wars: O Retorno do Jedi

Luke aparece para salvar seus amigos do Jabba em Star Wars: O Retorno de Jedi.

Na cena de briga contra Jabba em Tatooine, existe um momento em que C-3PO é atacado por uma criatura que vive no pé do mostro gosmento, que arranca um de seus olhos. O ator que vive o androide, Anthony Daniels, teve um ataque de pânico nesse momento e só conseguia gritar “Me levantem!”. A Cena precisou ser dublada depois. É justamente nesse momento que temos um dos trajes mais famosos do universo nerd: a roupa que Princesa Leia teve que usar enquanto estava acorrentada a Jabba. O traje ficou conhecido como “Slave Leia”, Leia escrava, em tradução literal. Inclusive, no seriado Friends (1994 – 2004) a grande fantasia do personagem Ross (David Schwimmer) era ver Rachel (Jennifer Aniston) usando essa roupa.

Star Wars: O Retorno do Jedi levou o Oscar de Efeitos Visuais e teve mais quatro indicações: Direção de Arte, Mixagem de Som, Edição de Som e Trilha Sonora. O filme teve um custo de US$32,5 milhões e faturou US$ 475 milhões. Depois disso, a série entrou em hiato e os novos episódios foram lançados a partir do final da década de 1990. Dessa vez, a tecnologia estava mais avançada e Lucas pode brincar um pouco mais de criar.

Muitos fãs até reclamaram o excesso de uso da computação, como um amigo meu me disse uma vez: “Fã de Star Wars gosta é daqueles bonecos esquisitos”. Nos anos seguintes foram lançados os filmes que contavam a origem de Darth Vader. São eles: Star Wars: Episódio I – A Ameaça Fantasma (1999)Star Wars: Episódio II – O Ataque dos Clones (2002)Star Wars: Episódio III – A Vingança dos Sith (2005). Em 2012, George Lucas vendeu sua empresa Lucas Film para a Disney por mais de US$ 4 bilhões que continuou a saga em 2015 com O Despertar da Força.

Eu entrei nessa onda assistindo na “ordem certa” primeiro os episódios I, II e III e depois os IV, V e VI. Isso por que eu não tinha um tio nerd para me apresentar ao universo Star Wars e também vivíamos numa época pré internet,  sem a quantidade de informações que temos hoje. Mas, mesmo assim, eu adorei a saga. A mistura de comédia e aventura conquistaram meu coração e consigo ver muito do que a saga conta acontecendo (infelizmente) nos dias de hoje. Bom é que temos por aí cavaleiros Jedi para espalhar a mensagem de esperança pela galáxia. Que a força esteja conosco.

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