Por Ana Lucinski

“Meu erro foi ficar civilizado”

 

Para quem não conhece a saga, vale relembrar um pouquinho do que se trata. Riddick nada mais é do que um sobrevivente, um brutamonte invencível, o Chuck Norris do espaço. Um assassino letal que enxerga no escuro, cuja cabeça está a premio e é almejada por muitos mercenários.

A primeira aparição de Riddick foi no filme Eclipse Mortal (2000). Riddick havia sido capturado, porém a nave em que estava caiu em um planeta habitado por criaturas mortais. Os sobreviventes não tem outra escolha senão pedir ajuda a Riddick para assim, tentar sobreviver e escapar do planeta.

Em sua continuação não muito bem sucedida, A Batalha de Riddick (2004), o personagem de Vin Diesel acaba se envolvendo numa batalha contra um povo conhecido como os Necromongers, guerreiros que assolavam outros mundos. Ao derrotá-los, Riddick torna-se o novo líder Necromonger (e isso não é spoiler já que ele é o invencível do espaço, era óbvio que ele ganharia).

Finalmente, em Riddick 3, Riddick é traído e quase morto, abandonado em um planeta desolado, ele volta as suas origens, ao que era antes de se tornar o líder Necromonger (vide frase do início do texto).

Bom… se você, caro leitor, já jogou God of War, vai notar a semelhança na sequência da história. Um cara que mata todos no seu caminho, derrota um grande líder e toma seu lugar, depois é traído e precisa sobreviver. É coisa da minha cabeça?  Kratos e Riddick só tem a careca em comum?

Literalmente, senti que foi um restart na história. Basicamente o filme ficou muito parecido com Eclipse Mortal, a diferença é que não foi um eclipse que liberou criaturas mortais e sim uma chuva. Por essa razão, a história não me surpreendeu. É apenas a tentativa de usar exatamente a mesma fórmula que um dia deu certo, com o mínimo de alterações. E o mais incrível… deu certo! O filme teve super bilheteria nos EUA.

Como eu mesma sempre digo, filmes de ação não costumam ter roteiros sofisticados, afinal, o intuito do filme é deslumbrar e prender a atenção, não envolver o espectador com uma trama elaborada (antes que eu seja apedrejada, eu amo filmes de ação, mas sei do que se tratam e não estou desmerecendo o gênero), mas o filme costuma compensar em efeitos, cenas de lutas, explosões e perseguições.

Com isso, eu esperava bem mais dos efeitos especiais. Em resumo, ficaram dignos de seriado de tevê. Estão, sem dúvidas, melhores que dos filmes anteriores, mas achei fraco em comparação a outros filmes do gênero. Não dá para apresentar um filme de ação com as promessas que tinha Riddick 3 com essa qualidade técnica. O “cão” que acompanha Riddick é bem artificial, quando o personagem toca no animal é visível a falta de textura realista da criatura. Faltou um acabamento mais elaborado e cuidadoso. O filme foi feito quase todo em choma key, tinham margem para bons efeitos. Podia ter sido bem melhor.

A única coisa que ainda vale a pena é a sequência de cenas de luta com Vin Diesel. O enquadramento permite ver um pouco melhor os movimentos das batalhas, não aqueles típicos borrões onde só se vê o personagem voando de um lado para o outro na cena. Em momentos específicos, utilizaram o efeito de câmera lenta, que nos permite entender melhor a cena e acompanhar o golpe que é desferido lentamente. Acho esse tipo de recurso super válido em cenas assim. Mostra que os movimentos foram bem ensaiados, e se pode acompanhar com mais clareza o que está acontecendo.

Ah! Para não dizer que o filme não tem nenhum diálogo profundo, que é só um filminho de ação e blá blá blá. No ínicio do filme há um monólogo do personagem, refletindo sobre sua atual situação. Vale a pena prestar atenção.

Cinemascope -Riddick-3 -PosterRiddick 3

Ano: 2013

Diretor: David Twohy

Roteiro: David Twohy, Oliver Butcher, Stephen Cornwell

Elenco Principal: Vin Diesel, Karl Urban, Dave Bautista, Katee Sackhoff.

Gênero: Ação.

Nacionalidade: EUA.

 

 

 

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