Texto e fotos por Felipe Teixeira

Ex-fisiculturista. Ex-governador da Califórnia. Eterno astro de Hollywood. A carreira do austríaco Arnold Alois Schwarzenegger já pode ser considerada uma das mais versáteis e desafiadoras da história, mas ainda está longe de ter um ponto final. Esbanjando saúde aos 67 anos, o ator retorna após 12 anos ao papel mais notável de sua carreira cinematográfica em O Exterminador do Futuro: Gênesis, quinto filme da franquia que estreia em 2 de julho em território nacional. Durante coletiva de imprensa realizada no hotel Copacabana Palace, no Rio de Janeiro, Schwarzenegger destacou a importância da tecnologia na trama e na produção do filme, com os avanços significativos dos efeitos visuais, e rasgou elogios à atriz Emilia Clarke, mais conhecida como a Khaleesi da série “Game Of Thrones”, que interpreta a nova Sarah Connor da história.

A volta do ator ao papel do implacável Cyborg mais de uma década depois de O Exterminador do Futuro 3: A Rebelião das Máquinas, de 2003, foi considerada difícil, mas também honrosa por Schwarzenegger, que não apareceu no quarto filme da franquia, A Salvação (2009). “Tive que treinar pesado, ganhar cerca de 5 quilos e precisei de treinamento com armas. Um detalhe que muitos espectadores não percebem é que o Exterminador não pode piscar quando está atirando, porque ele é uma máquina, não sente medo, então tive que praticar bastante isso até meu corpo se acostumar. Mas apesar das dificuldades, fiquei muito feliz de voltar ao papel”, declarou. Para Arnold, as marcas de envelhecimento em seu corpo não prejudicam o desenvolvimento da trama, pois o que muda é apenas o tecido corporal de seu personagem e a máquina que está por baixo continua a mesma.

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Segundo o ator, a produção do longa-metragem fez um ótimo trabalho escolhendo Emilia Clarke para viver a personagem Sarah Connor, que desempenha papel fundamental no universo de O Exterminador do Futuro. “Eu me perguntava se ela estaria no mesmo nível de Linda Hamilton, que atuou como Sarah no primeiro filme da franquia, em 1984. Nos sets de filmagem, acompanhei os treinamentos de Emilia e a vi crescer muito, tanto fisicamente como na composição da personagem. Ela fez um trabalho extraordinário”, comentou Arnold.

O ator destacou ainda as diferenças em fazer um filme na década de 80 e nos dias de hoje, com efeitos visuais tão rebuscados: “No primeiro longa, tínhamos orçamento reduzido e a tecnologia ainda estava em desenvolvimento, logo os efeitos eram mais mecânicos. Neste último filme, gravamos cenas inteiras apenas com alguns objetos reais de cenário e um imenso Chroma Key (fundo verde), o que tornou a atuação muito mais difícil.” Os avanços tecnológicos também tem relação direta com a trama apocalíptica do filme, em que as máquinas tentam exterminar a raça humana. Segundo ele, é impressionante  como no Exterminador do Futuro de 84 as pessoas classificavam a ideia de as máquinas dominarem o ser humano como algo fantasioso. “30 anos mais tarde, olhem o que está acontecendo! Eu não consigo nem ganhar uma partida de xadrez quando jogo no nível médio com meu iPad”, finalizou o astro.