Roteiro: Robert Engels. Direção: Lesli Linka Glatter.
Em um breve pensamento do que seriam as letras nas vidas dos humanos, a Senhora do Tronco introduz o terceiro episódio da segunda temporada. Dessa vez sem muitos devaneios, o seu monólogo logo se relaciona a primeira cena deste episódio.
Agente Cooper, Truman e Albert se deparam com Ronnette Pulaski atormentada, após ter tirado o soro do braço e gritado, enfermeiros e médico a sedam. Cooper e Truman encontram, embaixo da unha de Ronnette, um pequeno papel com a letra “B”. Albert nota que o soro estava alterado, com uma cor azulada, logo deduz que possa ser tinta ou cloreto. Como mais um momento excentricamente sério, Cooper diz aos dois companheiros sobre o sonho que teve com o gigante, sobre as três pistas importantes: a primeira, Jacques Renault morto em um saco; a segunda, ‘as corujas não são o que parecem’; e a terceira, ‘sem substâncias químicas, ele aponta.’
Neste episódio é apresentado um novo personagem, Harold Smith, já citado no texto anterior como Sr. Smith. Donna visita a casa de Harold para tentar obter algumas informações sobre Laura, porém não descobre muita coisa, apenas que a dica que ela havia recebido sobre buscar informações no Meals on Wheels fora mandada por Harold, que Laura contava muitas coisas a ele e que Harold aparentemente não consegue sair de casa por algum motivo ocultado.
Na delegacia de Twin Peaks, Cooper diz seguro de que há uma forte relação entre as letras e as pistas do gigante com o tal homem de cabelo comprido (Bob). A lógica do agente se dá pelas visões das pessoas sobre o tal suspeito, sua lógica percorre pelas aparições; primeiro, nas visões da mãe de Laura, segundo, nos sonhos de Cooper, terceiro, nas duas visões que Maddy teve em apenas dois dias e por último, apareceu em pessoa para Ronnette. Com muita naturalidade, Cooper conclui que este seria o caminho, seria uma conexão psíquica que possivelmente o levaria até o assassino. Albert interrompe com algum comentário cético e passa as informações sobre as análises feitas sobre cocaína encontrada na moto de James, a bota que estava escondida na casa de Leo, a letra “B” que estava embaixo da unha de Ronnette, a arma que fora usada contra Cooper. As conclusões foram de que a cocaína encontrada tinha a mesma procedência que a de Leo e Jacques, a bota de marca rara chamada Circle Brand, a letra “B” encontrada embaixo da unha de Ronnette fora recortada da revista Fleshworld da parte relacionada aos fanáticos por ‘troca-troca’ e por poodles, os disparos foram feitos por uma Walther. Ao término das informações ocorre mais uma discussão entre Truman e Albert que vale a pena mencionar, já que termina de uma forma interessante, pois Albert confessa amar o Xerife. Depois de obterem a informação sobre a cocaína, James Hurley é liberado da delegacia.
Outro excêntrico personagem aparece para almoçar com Lucy, Richard Tremayne, designer de roupas masculinas do departamento Horne. De repente, enquanto Truman, Hawk e Cooper conversavam, Leland Palmer aparece desesperado dizendo que conhece o homem da foto (Bob), conta a história sobre sua infância, que quando ainda era menino, seu avô tinha uma casa de verão em Pearl Lakes e no lote ao lado, uma casa branca, o homem da foto vivia e Hawk vai atrás de saber quem costumava morar na casa branca. Quando questionado sobre o nome desse tal homem, ele revela “Robert”, que logo em seguida Cooper relaciona com as letras “R”, “B” e“T”; outra informação que Leland dá é que o homem da foto costumava jogar palito de fósforo nele e dizer “quer brincar com fogo, garotinho?”
No balcão do Double R, Lucy almoça com Richard Tremayne, em uma conversa super egocêntrica da parte dele, Lucy perde a paciência e acaba por revelar que está grávida dele. Na mesa por perto, Maddy e James conversam sobre o estranho comportamento de Donna, e em um momento depressivo da parte de James por querer simplesmente subir na sua moto e ir embora, Maddy pega em sua mão e diz que fugir não resolve. Nesse momento, Donna entra no Double R e se depara com a situação e tem uma branda discussão com os dois que acabam por ficar sentados com o olhar vazio.
Blackie O’Reilly, a madame do Jack Caolho e Emory Battis, o responsável pelo departamento de perfumes, pretendem anunciar o sequestro de Audrey para conseguirem se vingar de Ben Horne.
Numa conversa entre Gerard, o homem sem um braço, e Truman começa a observar o retrato falando de Bob, que está em cima da mesa, e então começa a passar mal, e vai ao banheiro. Gerard parece ser possuído e sai do banheiro dizendo que agora é ele quem está atrás do Bob. Cooper e Truman conversam sobre o homem sem um braço, Cooper pergunta sobre Gerard, e então vão ao banheiro e Cooper vê a seringa que Gerard tentava injetar enquanto se debatia de forma que dava a entender uma possessão. O agente apenas diz “sem substâncias químicas, ele aponta” e então a terceira pista do Gigante começa a ser direcionada.
Shelly Johnson vai até a delegacia dizer que não tem pretensão de depor contra seu marido, Leo, justificando que ainda o ama. Truman argumenta para que ela deponha, porém, Cooper interfere e deixa ela ir. O Xerife fica sem entender, e Cooper explica que aquela atitude cheirava à dinheiro do seguro e que haveria alguém por trás dessa ideia, já que Shelly não pensaria nisso.
No Great Northern, Cooper vai atrás de Ben para perguntar sobre o paradeiro de Audrey, conversa que não leva a nada. Vale colocar em questão a presença de um asiático que finge ler jornal em algumas cenas no hotel, pode-se dizer que é o gancho para o próximo drama que aparecerá, obviamente relacionado à Josie Packward.
Jean Renault aparece no Jack Caolho para ajudar Blackie e Emory no plano de sequestro de Audrey, Jean Renault é irmão de Jacques, logo, busca por vingança que de alguma forma é direcionada ao agente Cooper. O trato entre Blackie e Jean é conseguir Cooper para Jean e Blackie terá o dinheiro do sequestro só para ela.
Xerife Truman e Cooper vão até ao hospital fazer hipnose em Dr. Jacoby para obterem informações sobre o assassino de Jacques Renault, a única informação relevante que ele diz é “eu o conheço.”
Enquanto tudo está dando errado no mundo de Donna, ela vai conversar com sua finada melhor amiga e entregar a planta híbrida que Harold Smith deu a ela. Tenta explicar como as coisas estão estranhas, para melhorar começa a explicar sobre o amor entre ela e James, que agora está comprometido por conta de Maddy, e começa a desabafar sozinha poucas e boas no meio do cemitério.
Na casa dos Palmer, James aparece para conversar com Maddy, chega dizendo que estava atrás de Donna, mas não a encontrava mas precisava falar com alguém porque queria contar sobre a sua mãe alcoólatra que voltara para casa. E em meio a toques e rosto próximo, eles se abraçam e se acariciam, até que Donna aparece e vê novamente uma cena desconfortável. Maddy chora e desabafa seus problemas para seu tio Leland, quando é interrompido por Cooper e Truman, que aparecem no recinto dizendo que porta estava aberta e então, dão voz de prisão a Leland por ter assassinado Jacques Renault.
Donna, sem ter com quem conversar, vai até a casa de Harold Smith, que tenta consolá-la; quando Harold vai buscar água, ela ocasionalmente vai até uma bela flor, admira e depois observar as coisas na mesa, e vê um caderno e o abre. Descobre então que O Diário de Laura Palmer estava na casa de Harold.
A Senhora do Tronco afirma em seu monólogo deste episódio “Letras e palavras …pedindo para serem entendidas”, não apenas remete aos pequenos papéis encontrados embaixo das unhas das vítimas desse assassino em série, mas também as pistas dadas pelo Gigante, e agora pelo Diário de Laura Palmer.
Veja o vídeo: