Da Redação
A 66ª edição do Festival de Berlim, um dos mais importantes do cinema, anunciou nesta quarta-feira, 20, a lista final dos competidores aos Ursos de Ouro e Prata. A programação principal conta com 23 filmes, porém, apenas 18 competem pelo prêmio principal. A abertura do evento, que começa em 11 de fevereiro e termina no dia 21, ficará por conta da nova produção dos irmãos Cohen, Ave, César!, comédia estrelada por George Clooney. A cerimônia do Internationale Filmfestspiele Berlin, o IFB, será um dia antes do encerramento, 20 de fevereiro. O último vencedor foi o iraniano Jafar Panahi com Taxi Teerã.
Apesar de não figurar na lista principal, o Brasil irá concorrer a prêmios no festival nas mostras paralelas. Ao todo, serão seis produções nacionais na Berlinale. Anna Muylaerte, que esteve presente na edição de 2015 com Que Horas Ela Volta?, retorna à Berlim na Mostra Panorama para apresentar seu novo longa Mãe Só Há Uma sobre a história de um jovem que descobre e ter sido roubado de uma maternidade e parte em busca da mãe biológica.
Junto a ela estão também estão Antes o Tempo Não Acabava, de Sérgio Andrade e Fábio Baldo, sobre o conflito de um jovem indígena em relação à tradição e a vida urbana, e o documentário Curumim, de Marcos Prado, que trata a vida de Marco Archer, brasileiro executado na Indonésia no ano passado por tráfico de drogas.
A Forum contará com dois brasileiros: Muito Romântico, de Melissa Dullius e Gustavo Jahn, e Ruína, de Gabraz Sanna, além da exposição A Mina dos Vagalumes, de Raphäel Grisey. A Berlinale Shorts, que premia curtas-metragens, também terá a participação de um trabalho nacional. O Documentário Das Águas que Passam, de Diogo Zon, sobre a história do pescador Zé de Sabino e o Rio Doce (antes do desastre de Mariana) está entre os competidores.
Mais informações sobre datas, júri e competidores você encontra no site da Berlinale. Confira a lista completa dos competidores aos ursos abaixo:
Competidores
24 Wochen (24 Semanas), de Anne Zohra Berrached (Alemanha) – première
Chang Jiang Tu, de Yang Chao (China) – première
Inhebbek Hedi (Hedi), de Mohamed Ben Attia (Tunísia / Bélgica / França) – première
Soy Nero (Sou Nero), de Rafi Pitts (Alemanha / França / México) – première
Alone in Berlin (Sozinho em Berlim), de Vincent Perez (Alemanha / França / Reino Unido)
Boris sans Béatrice (Boris sem Beatriz) de Denis Côté (Canadá)
Cartas da Guerra, de Ivo M. Ferreira (Portugal)
Ejhdeha Vared Mishavad! (A Chegada do Dragão), de Mani Haghighi (Irã)
Fuocoammare (Fogo no Mar), de Gianfranco Rosi (Itália / França) – documentário
Genius (Gênio), de Michael Grandage (Reino Unido / EUA) – première
Hele Sa Hiwagang Hapis (Uma Canção de Ninar para um Triste Mistério), de Lav Diaz (Filipinas / Singapura)
Kollektivet (A Comuna), de Thomas Vinterberg (Dinamarca / Suécia / Holanda)
L’avenir (O Que Vem por Aí), de Mia Hansen-Løve (França / Alemanha)
Midnight Special (Meia-noite Especial), de Jeff Nichols (EUA)
Quand on a 17 ans (Os 17 Anos), de André Téchiné (França)
Smrt u Sarajevu / Mort à Sarajevo (Morte em Sarajevo), de Danis Tanovi? (França / Bésnia Herzegovina)
Zero Days (Zero Dias), de Alex Gibney (EUA) – documentário
Zjednoczone Stany Mi?osci (Estados Unidos do Amor), de Tomasz Wasilewski (Polônia / Suécia)
Fora de competição
Ave, César!, de Joel e Ethan Coen (EUA / Reino Unido)
Mahana (O Patriarca), de Lee Tamahori (Nova Zelândia) – première
Saint Amour (Amor Santo), de Benoît Delépine e Gustave Kervern (França / Bélgica) – première
Des nouvelles de la planète Mars (Notícias do Planeta Marte), de Dominik Moll (França / Bélgica) – première