Dedicado a filmes com temática feminina ou dirigidos por mulheres, o Femina acontece entre os dias 16 e 28 de julho, no Rio de Janeiro

 

Da redação

O Festival Internacional de Cinema Feminino (Femina), evento inteiramente dedicado a filmes com temática feminina ou dirigidos por mulheres, divulgou a programação da sua 10ª edição, que será realizada entre os dias 16 e 28 de julho, no Rio de Janeiro. Neste ano, serão exibidos 114 filmes de curta, média e longa-metragem, de 30 países e o cinema brasileiro está representado no festival por 42 produções realizadas em diversos estados do país.

Na Mostra Competitiva Nacional estão inscritos 15 filmes que concorrerão nas categorias Grande Prêmio Femina Nacional (para o melhor filme da competição nacional); Prêmio Especial do Júri Nacional; Melhor Direção Nacional; Melhor Destaque Feminino Nacional (O júri escolhe um destaque entre todas funções desempenhadas por mulheres).

Entre os indicados estão o premiado curta O duplo, de Juliana Rojas; o documentário Margaret Mee e a Flor da Lua, de Malu de Martino, que estreou nos cinemas em abril; o curta Menino peixe, de Eva Randolph; o documentário Quando a casa é a rua, de Thereza Jessouron, sobre o drama da vida nas ruas; Louceiras, de Tatiana Toffoli, que acompanha o dia-a-dia das ceramistas da aldeia indígena, em Alagoas; o documentário À luz do dia de Joana Nin; o filme de Carolina Durão, Apocalipse de Verão; o documentário Confete de Jo Serfaty e Mariana Kaufman; O curta criado a partir do espetáculo As mulheres do Sol, de Cristiano Cimino, Corpo cidade de Gabriela Greeb; O curta Diario de não ver de Cristina Maure e Joana Oliveira, que estreou no 40º Festival de Gramado; o curta “A Mão que afaga” de Gabriela Amaral Almeida; o primeiro longa-metragem da diretora Sandra Alves, Rendas no Ar; o curta existencialista, “Retrato” de Adelina Pontual; o curta Serra do Mar de Iris Junges; o documentário Tão longe é aqui, de Eliza Capai, gravado em vários países do continente africano e terá sua estreia no Femina.

Para a Mostra Competitiva Internacional foram selecionados 15 de 12 nacionalidades, todos inéditos no Brasil, que disputarão os mesmos prêmios (Grande Prêmio Femina Internacional; Prêmio Especial do Júri Internacional; Melhor Direção Internacional; Melhor Destaque Feminino Internacional).

Os indicados são o curta 2011 12 30 da sueca Leontine Arvidsson; o longo De Andre, de Margareth Olin, sobre a vida dos deportados após as medidas restritivas de imigração adotada pelo governo norueguês em 2009; o documentário Arekara – La vie après de Momoko Seto, sobre o impacto causado por um tsunami na cidade de Ishinomaki, no Japão; o curta Ellen is leaving de Michelle Savill, sobre uma mulher que decide arranjar uma nova namorada para o seu namorado; o premiado curta chileno Lo indecible de Carolina Astudillo; o longa Ji Yi Wang Zhe Wo, que marca a estreia de Fang Song como diretora; o curta de animação “Mademoiselle Kiki et les Montparnos, de Amelie Harrault; o curta francês Le Maillot de Bain, de Mathilde Bayle; o curta María, de Monica Lairana, faz parte de uma trilogia sobre retratos da vida de diferentes mulheres; o documentário La Pionnière de Daniela Abke, homenageia a primeira produtora e diretora de cinema, Alice Guy; o filme francês A Pleines Dents de Keren Bem Rafael; o longa-metragem Le Sac de Farine, de Kadija Leclere, sobre o confronto de duas culturas muito diferentes; o filme Sao Karaoke, de Visra Vichit Vadakan, que mescla elementos de documentário e ficção; o curta Solitudes, de Liova Jedlick, sobre um caso de estupro de uma prostituta romena; o curta sul-coreano Yeon-ae-no-ri de Joung Yumi.

Masculino-feminino apresenta obras com temáticas femininas dirigidas por homens. Entre os destaques estão os brasileiros A dama do Estácio, curta de Eduardo Ades, e o longa Doméstica, de Gabriel Mascaro. A dama do Estácio traz Fernanda Montenegro no papel de uma prostituta obcecada com a ideia da própria morte, enquanto o documentário “Doméstica” apresenta os registros feitos por sete jovens do dia-a-dia das mulheres que trabalham em suas casas.

Dividindo a conta exibe obras codirigidas por homens e mulheres. Entre os filmes que serão exibidos estão o curta Vestido de Laerte, de Cláudia Priscilla e Pedro Marques e o curta holandês Nation for two de Chaja Hertog e Nir Nadler. A mostra Enquadrando eles apresenta filmes de mulheres que retratam homens artistas (músicos, cineastas, artistas plásticos, etc). Todos os seis filmes dessa sessão são produções nacionais.

A curadoria escolheu alguns filmes que estão alinhados com os objetivos do festival, a promoção da participação feminina no mercado audiovisual e o debate da questão de gênero e eles serão exibidos na Sessão Especial InternacionalSessão Especial Nacional.

A mostra Infantil apresenta 12 filmes, dentre eles o curta Os donos da mata, de Luciana Bezerra. A sessão Experimental exibe obras que inovaram tanto na linguagem ou na narrativa. Já o documentário Yo soy mi centro de Camila Zabaha e o premiado curta Através de Amina Jorge fazem parte da mostra Eu gosto é de mulher, que exibe filmes com temática lésbica.

Também compõem a programação do festival a mostra Foco Portugal, de filmes portugueses dirigidos por mulheres, e a mostra Festival Internacional de Filmes de Mulheres Convidado, com curadoria do FEMCINE – Festival de Cinema de Mulheres de Santiago de Chile.

O Femina acontece nos cinemas 1 e 2 da CAIXA Cultural RJ – Avenida Almirante Barroso, 25 – Centro – Rio de Janeiro.