Da redação
O dia 14 de julho é uma data especial para o cinema e os cinéfilos. Há quase 97 anos, em Uppsala, Suécia, nascia Ernst Ingmar Bergman, no seio de uma conservadora família luterana. Cresceu sob uma educação rígida e teve uma vida dedicada ao trabalho: dirigiu mais de 50 filmes, 125 peças de teatro, conquistou 78 prêmios. Também em julho se despediu deste mundo, no dia 30, em 2007.
Desde sábado (04), o cineclube do Caixa Belas Artes reverencia o cineasta sueco prestando um tributo à dimensão da sua obra e sua importância como um grande mestre do cinema com o ciclo especial ‘Fantasmas e demônios de Ingmar Bergman’.
A fonte da donzela foi exibido nesta quarta-feira (08/07). Baseado em uma fábula sueca, o longa foi escolhido Melhor Filme Estrangeiro pela Academia de Hollywood e premiado na mesma categoria no Globo de Ouro – além de render a Bergman uma menção especial no Festival de Cannes. Em sequência, vêm Gritos e sussurros (exibido nos dias 11 e 15.07), O ovo da serpente (com sessões nos dias 18 e 22.07) e Da vida das marionetes, que encerra o ciclo com sessões nos dias 25 e 29.07. Todos os filmes serão exibidos em 35mm.
Diversos críticos atribuem a repressão, culpa e castigo – temas recorrentes na vasta obra de Bergman – às surras e humilhações frequentes que recebia do pai, pastor protestante que mais tarde se tornaria capelão do rei da Suécia. Em entrevista concedida em 2001 à Reuters, o cineasta disse que durante toda sua vida foi atormentado e inspirado por demônios pessoais. “Os demônios são inúmeros, aparecem nos momentos mais impróprios e geram pânico e terror”, disse ele na época. “Mas já aprendi que, se consigo controlar as forças negativas e atrelá-las à minha carruagem, elas podem trabalhar em meu benefício”.
O Cineclube é parte da programação mensal de mostras do Caixa Belas Artes, com filmes diferentes a cada semana, sempre conectados por um tema. Os ingressos para a programação especial já estão à venda na bilheteria do cinema e pelo site Ingresso.com.