Da redação
A expressão folk horror, que deu origem a esta mostra, refere-se inicialmente a produções britânicas das décadas de 1960 e 1970, mas pode ser expandida para obras de outros países e períodos que também giram em torno de práticas pagãs, situadas em localidades rurais.
Produzidos entre 1968 e 1973, três filmes de diferentes diretores foram fundamentais para consolidar o gênero, ficando conhecidos como a “trilogia profana”: O caçador de bruxas, O estigma de Satanás e O homem de palha.
Como precursor do folk horror, será exibido o célebre Häxan – A feitiçaria através dos tempos, feito em 1922 na Dinamarca. Ainda na Europa, a mostra inclui os italianos Suspiria, de Dario Argento, e A maldição do demônio, de Mario Bava, filme que causou polêmica devido a cenas violentas e sofreu censuras em diversos países. O folclore russo aparece em Viy – O espírito do mal, a sinistra história de um monge que se vê frente ao espírito de uma bruxa que invoca demônios para atormentá-lo.
Também está na programação o japonês Kwaidan, de B, que ganhou o prêmio especial do júri no Festival de Cannes de 1965; o mexicano Veneno para as fadas, um dos últimos dirigidos por Carlos Enrique Taboada, filmado a partir do olhar de duas crianças, influenciadas pelas histórias de bruxaria que os adultos contam; e o brasileiro O homem que não dormia, de Edgard Navarro, que aborda o horror na perspectiva folclórica brasileira. No dia 12 de junho, haverá debate com o diretor após a sessão das 19h.
A Vila, de M. Night Shyamalan, e o sucesso de Robert Eggers, A Bruxa, podem ser conferidos na Mostra também.
A programação completa da mostra, que começou dia 29/05 e vai até 14 de junho, pode ser conferida aqui: http://cinusp.dobralab.com.br/